O padre se considera-se «inocente» e classifica as acusações de «caluniosas», tendo interposto mesmo uma ação judicial contra quem e, segundo ele, «injustamente o acusa», frisou a Arquidiocese à Lusa.
O antigo sacerdote de Canelas, Gaia, recentemente substituído, dirigiu uma carta ao bispo do Porto, ameaçando divulgar uma história de «comportamentos indevidos» imputados a um colega de outra diocese. Nunca referiu, contudo, a que diocese e a que colega se reportava.«Até prova em contrário, a Arquidiocese de Braga acredita na inocência do padre e apela a que se respeite o bom nome a que todo o cidadão tem direito. Até prova em contrário, presuma-se a inocência», sublinha.
Na sequência, o bispo do Porto revelou, num comunicado, que denunciou às autoridades um «caso grave de comportamento de um sacerdote», fora desta diocese e ocorrido em 2003.
No comunicado conhecido esta quinta-feira, a Arquidiocese de Braga assume que se trata de um padre de Fafe e salienta que, em 2003, data em que «presumíveis indevidos comportamentos se poderão ter registado», o sacerdote em causa fazia parte da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Padres Dehonianos).
«Sabemos que esta Congregação está empenhada em indagar quanto haja sucedido, do mesmo modo como tem cumprido as normas dimanadas pela Santa Sé a propósito de situações semelhantes», sublinhou.
Em 2008, o sacerdote mostrou-se disponível para trabalhar na Arquidiocese de Braga.
«Recolhidas as necessárias informações, nenhuma referência negativa foi levantada quanto à sua idoneidade e/ou moralidade, e veio a ser incardinado no dia 12 de junho de 2014», salienta o comunicado, acrescentando que a Arquidiocese espera que o assunto se «esclareça rapidamente» para voltar «à harmonia e à paz».