Hospitais de Lisboa vão perder mil camas - TVI

Hospitais de Lisboa vão perder mil camas

Saúde (Foto Cláudia Lima da Costa)

Presidente da ARSLVT, Luís Cunha Ribeiro, revela ainda que alguns profissionais da MAC vão ser reencaminhados para instituições com carência de trabalhadores

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As unidades do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) vão perder mil camas dentro de três/quatro anos e alguns profissionais da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) serão encaminhados para instituições com carência de profissionais, disse o presidente da administração regional, nesta terça-feira.

Luís Cunha Ribeiro, presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), foi uma das testemunhas hoje ouvidas no Tribunal Administrativo de Lisboa, no julgamento da providência cautelar contra o encerramento da MAC.

Para o responsável, as cerca de 1.700 camas afetas às seis unidades de saúde que compõem o CHLC irão dar lugar a menos de 800, que são as previstas para o futuro Hospital de Lisboa Oriental, que deverá abrir em 2016 e que receberá estes hospitais.

O objetivo, disse, é que, «pouco a pouco e de forma indolor» este número de camas vá encolhendo e também na área de partos.

Segundo Luís Cunha Ribeiro, o Hospital Dona Estefânia (HDE) tem condições para acolher os três serviços que migrarão da MAC para esta instituição: ginecologia, obstetrícia e neonatologia.

A ARSLVT estima que se realizem anualmente 3 mil partos no HDE, após a transferência dos serviços da MAC, e que será este o número que estará na base do redimensionamento das equipas.

Questionado sobre o destino das equipas, Luís Cunha Ribeiro garantiu que as mesmas não serão destruídas, mas que existirá «uma reafetação» e, a esse propósito, disse que há instituições com uma enorme carência de profissionais, dando o exemplo do Hospital São Francisco Xavier.

O presidente da ARSLVT assumiu que as medidas na área da reorganização hospitalar, afetando a área materno-fetal, visam a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também ter em conta a diminuição da natalidade em Portugal.
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