Mais de um terço dos parques infantis tem problemas - TVI

Mais de um terço dos parques infantis tem problemas

(Foto Cláudia Lima da Costa)

ASAE detetou irregularidades em 37% dos parques infantis e espaços de recreio fiscalizados nos últimos três anos. Falhas prendem-se, sobretudo, com a falta de conservação dos equipamentos e das zonas de queda

A ASAE detetou irregularidades em 37% dos parques infantis e espaços de recreio que fiscalizou até ao momento.

Desde 2013, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica já verificou as condições de funcionamento de 516 destes espaços e instaurou 191 processos, segundo o Jornal de Notícias.

As falhas prendem-se, sobretudo, com a falta de conservação dos equipamentos e das zonas de queda das crianças.

Um trabalho que seria mais fácil se existisse um registo eletrónico dos parques infantis, onde pudessem ser atualizadas as condições de segurança, como estava previsto na legislação, mas a portaria ainda não saiu do papel.

Para a Associação Portuguesa para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), tem havido algum desleixo.

Perdeu-se muita coisa nos últimos anos. A responsabilidade de fiscalização transitou do Instituto Português do Desporto para a ASAE. Não sabemos o que se passa nos parques infantis. Um estudo centralizado e fundamentado não existe”, afirma Sandra Nascimento.

No entanto, “os acidentes mortais são raros”, admite a responsável da APSI, reconhecendo que os novos materiais e o aperfeiçoamento da legislação, desde 1997, melhoraram a oferta.

Não consegui identificar um [acidente mortal] nos últimos anos. De qualquer modo, os acidentes acontecem, e muitos devido a problemas de manutenção. É a principal queixa. Os materiais vão-se desgastando, há peças que se partem, outras que se afastam. As zonas de queda nem sempre possuem os pisos em melhor estado para o amortecimento. Uma queda num chão mal mantido pode causar fratura de braço ou cotovelo”, indica.

 

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