Polícias não confiam nos «espiões» da PSP - TVI

Polícias não confiam nos «espiões» da PSP

Rusga policial no Bairro de Santa Marta

Associação Sindical quer saber onde vai parar a informação recolhida

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As equipas de vigilância e seguimento da PSP recolhem informações sobre os polícias sob suspeita de crime e a Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP) exige agora saber onde vão parar esses dados recolhidos.

«Temos recebido alguns contactos de associados preocupados com o trabalho destas equipas. Sem pôr em causa a sua grande utilidade na investigação criminal da PSP, que tem dado resultados de grande sucesso, os profissionais sentem, no entanto, uma grande apreensão quanto ao tratamento dado ao material recolhido, principalmente quando se trata de vigilâncias feitas a outros colegas», disse o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, ao «Diário de Notícias».

Segundo a associação sindical, não há garantias de que não há utilização abusiva dos dados recolhidos por parte dos «espiões» e de que, caso se prove a inocência de um agente, o material seja destruído.

«Depois de vigiarem um polícia, por haver alguma suspeita sobre ele, e nada se encontrar que comprove essa suspeita, onde fica guardado o material desse seguimento? Onde estão arquivados os relatórios? Quem a eles tem acesso? São destruídos? Quem fiscaliza?», questiona.

O director nacional da PSP, Oliveira Pereira, garantiu ao DN que «só em caso de inquérito-crime as equipas de vigilância e seguimento são utilizadas, e a recolha de informação, imagens ou intercepções telefónicas têm sempre de ter autorização de um magistrado».

De acordo com o responsável, já há «meios de controlo» que asseguram não haver situações abusivas. No entanto, não referiu quais.

As equipas de vigilância e seguimento da PSP são constituídas por elementos treinados em técnicas usadas pelas «secretas» e estão equipadas para captar imagens ou para fazer escutas.
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