Ministério Público pede prisão efetiva para jovem que roubou 14 euros - TVI

Ministério Público pede prisão efetiva para jovem que roubou 14 euros

Dinheiro (foto Reuters)

Suspeito, que já cumpriu pena de prisão pela prática dos mesmos crimes, confessou que furtava para comprar droga e pediu mais de três vezes ao coletivo de juízes para o ajudar a “largar o vício”

O Ministério Público (MP) pediu, esta sexta-feira, pena de prisão efetiva para um jovem de 30 anos acusado de furtar entre 0,80 cêntimos a 10 euros a várias pessoas, num total de cerca de 14 euros, no Porto.

As declarações prestadas pelo arguido não me convenceram, além de que já lhe foram dadas várias oportunidades para deixar o mundo do crime”, disse a procuradora durante as alegações finais, no Tribunal São João Novo, no Porto.

O suspeito, que já cumpriu pena de prisão pela prática dos mesmos crimes, confessou que furtava para comprar droga e pediu mais de três vezes ao coletivo de juízes para o ajudar a “largar o vício”.

Não peço uma oportunidade, mas sim uma ajuda, eu preciso mesmo de ajuda”, afirmou.

Em maio deste ano, o arguido furtou, durante uma madrugada, pessoas, nomeadamente jovens, junto à Estação de São Bento, Palácio de Cristal e Cordoaria, no Porto.

Sem nunca usar violência, o alegado assaltante intimidava as pessoas dizendo-lhes que já havia estado preso por homicídio, algo que é mentira, para as obrigar a entregar o dinheiro que, na altura, tinham com elas, sem lhes furtar mais nada.

Além de pedir ajudar para deixar a droga, o arguido confidenciou ao juiz presidente que tem o sonho de ser pai e que a namorada já tem mais de 30 anos, estando na altura de engravidar.

Mostrando-se arrependido, o detido comentou que tentou trabalhar na cadeia, onde está em prisão preventiva, mas disseram-lhe que já não há vagas, assim como para estudar.

As vítimas contaram que ele nunca as agrediu, apenas lhe falou com um tom agressivo, notando-se que estava “alterado e nervoso”, e pediu-lhes o dinheiro que tinham no bolso.

O advogado de defesa salientou que, se calhar, juridicamente o arguido merecia quatro a cinco anos de prisão, mas já lá esteve e quando voltou à liberdade continuou na criminalidade.

Por esse motivo, a defesa defendeu uma pena suspensa sujeita a internamento voluntário porque nas cadeias existe consumo de droga, logo como é que lá se recupera, questionou.

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