Vila Real: taxista assaltado e fechado na mala

Um taxista de Vila Real foi assaltado esta madrugada e levado para Vila Pouca de Aguiar, onde foi deixado dentro da bagageira do seu carro, disse fonte da GNR.

Em menos de uma semana, este é segundo caso que envolve taxistas da cidade de Vila Real. Desde quarta-feira, que a Polícia Judiciária está a investigar o desaparecimento do taxista Armindo dos Santos Ribeiro, 68 anos e residente em Bisalhães.

Esta madrugada, Fernando Aleixo, de Andrães, foi requisitado na praça de táxis do Seixo, em Vila Real, para um serviço um Vila Pouca de Aguiar, vila que dista cerca de 30 quilómetros da capital de distrito.

Segundo fonte da GNR, ao chegar ao destino, um local de pouca passagem, o cliente terá ameaçado o taxista, roubando-o e prendendo-o dentro da bagageira do seu táxi, o qual posteriormente abandonou em frente ao mercado municipal de Vila Pouca de Aguiar com a mala aberta.

Porque se trata de um caso que envolve um sequestro, a PJ foi chamada ao local, onde recolheu indícios.

As autoridades procuram agora identificar o suspeito do assalto, visto que ele se apresentou de cara destapada.

Buscas para encontrar desaparecido

Pelo terceiro dia consecutivo, a PJ prossegue com as diligências e buscas no terreno para encontrar o taxista Armindo Ribeiro, tendo alargado hoje a área de procura também para a zona Sudeste da cidade de Vila Real. Envolvidos nas buscas na área da serra do Marão, continuam agentes da brigada da natureza da GNR e cinco binómios homem/cão.

Refira-se que seu táxi foi encontrado quinta-feira perto de uma residencial, na localidade de Lordelo, junto à cidade de Vila Real, apresentando sinais de ter sido remexido.

Na sexta-feira, a PJ concentrou as buscas do taxista de Bisalhães na zona da Campeã e Boavista, na Serra do Marão, contando com a ajuda de elementos da PSP, binómios homem/cão da GNR, e 17 bombeiros de duas corporações de Vila Real.

Sabe-se as autoridades procuravam numa área onde, através da triangulação das antenas de telemóveis, foi dado o sinal do telemóvel do taxista.

José Pimentel Sarmento, delegado distrital da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), disse à Lusa que os taxistas de Vila Real «estão muito preocupados» e prometem estar atentos ao desenrolar das investigações.

Até à data, segundo o dirigente, não havia no distrito registo de casos graves de violência contra taxistas.

O delegado concelhio de Vila Real da ANTRAL, Marcelino Pires Moreira, acrescentou que, na próxima semana, os taxistas vão solicitar à Câmara Municipal uma reunião para debaterem a questão da segurança. «Assim não pode continuar», sublinhou.