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Saiba como evitar um carjacking

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GNR explica o que procuram os criminosos e como fazer quando se é vítima deste crime

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Sabe onde atacam os carjackers? O que deve fazer se for vítima de carjacking (roubo de automóveis com violência)? E como reduzir o risco? Durante uma conferência no IV Congresso Nacional de Criminologia, a decorrer no Porto, o tenente Silva Lopes, comandante do departamento de trânsito da GNR do Porto, deixou alguns conselhos.

Onde é que os carjackers atacam?

Cruzamentos controlados por semáforos, caixas multibanco, áreas de serviço e lavagens de carros, locais ermos ou com fraca iluminação, zonas residenciais, parques de estacionamento e garagens em zonas mais escondidas são os locais onde estes criminosos mais atacam.

Os carjackers procuram sobretudo viaturas de gama alta para vender no mercado negro inteiro ou em peças. Mas, segundo o tenente Silva Lopes, tem aumentado o roubo de viaturas comuns, que são depois utilizadas pelos criminosos na realização de outros crimes.

Como reduzir o risco de se tornar vítima de carjacking?

O responsável da GNR aponta alguns comportamentos que podem minimizar o risco de ser vítima de carjacking:

- Caminhar decidido para o interior da viatura;

- Confiar nos seus instintos e se lhe parecer que a situação é ameaçadora, não hesite, entre na viatura, tranque as portas e arranque;

- Mantenha as portas e janelas fechadas;

- Quando se aproximar de um cruzamento, mantenha distância ao veículo da sua frente que lhe permita manobrar o veículo em caso de alarme;

- Não pare para assistir um desconhecido que tenha o carro avariado;

- Evite conduzir sozinho;

- Evite estacionar em zonas escuras e ermas;

- Não deixe objectos de valor à mostra;

- Separe as chaves do carro das restantes;

- Use sistemas que permitam a localização da viatura via satélite, GPS e equipamentos de imobilização do carro por telemóvel.

O que fazer se for vítima de carjacking

Muito importante num caso de carjacking, em que os assaltantes não se coíbem de usar violência e armas, é manter a calma, não resistir e depois contactar o 112, garante o tenente Silva Lopes.

O responsável adianta que é importante tentar «memorizar características fisionómicas dos suspeitos, tipo de roupa, meios utilizados, pronúncias; sotaques, viatura utilizada, matrícula da viatura em que seguiam», quaisquer pormenores que possam ajudar a identificar os criminosos.

Com os sistemas de segurança dos veículos automóveis a tornarem-se cada vez mais sofisticados, retirar a chave ao próprio condutor com violência e sob ameaça de arma foi a solução adoptada pelos criminosos. Em 2008 foram registados em Portugal 597 casos de carjacking, sendo que à quinta-feira e durante o fim-de-semana são os dias em que ocorreram mais crimes. 40 por cento dos roubos por carjacking registados ocorrem entre as 19H00 e a 01H00 e 70 por cento são praticados por dois a quatro indivíduos, na maior parte das vezes armados (67 por cento).

A maioria dos casos (43,03 por cento) ocorre com os carros a circular na via pública. 16,97 por cento ocorre em veículos estacionados na via pública, 5,45 por cento nos semáforos, 5,45 por cento decorrem de um bloqueamento da estrada, impedindo o veículo de circular e 3,93 por cento ou através de simulação de acidente no caminho do condutor. Segue-se o estacionamento junto à residência (8,79 por cento), garagens (3,03 por cento), parques de estacionamento (2,12 por cento), estacionamento junto à praia (1,52 por cento) ou perto de locais de diversão nocturna (0,91 por cento) e em postos de abastecimento de combustível (0,61 por cento).

Mais de 5 por cento dos casos ocorrem em veículos estacionados em locais ermos, muito utilizados por namorados e cada vez mais um local de ataque dos carjackers.
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