Legionella: PSD e CDS rejeitam audição de ministros - TVI

Legionella: PSD e CDS rejeitam audição de ministros

Assembleia da República

Os partidos rejeitaram que os ministros do Ambiente e da Economia fossem ouvidos na Assembleia da República

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O PSD e o CDS rejeitaram esta quinta-feira o pedido do Bloco de Esquerda para que os ministros do Ambiente e da Economia fossem ouvidos na Assembleia da República sobre o surto de legionella que já provocou 10 mortes.
 
O pedido de audição de Jorge Moreira da Silva e de António Pires de Lima teve, no entanto, os votos favoráveis de todos os partidos da oposição, disse à agência Lusa fonte do Bloco de Esquerda.
 
O surto de legionella, detetado no dia 7 deste mês em duas freguesias de Vila Franca de Xira, já infetou 336 pessoas e originou a morte de 10.
 
No requerimento do Bloco de Esquerda era referido que «as auditorias para aferir a qualidade de ar interior são agora feitas apenas após se encontrarem os problemas e não para os detetar antecipadamente».
 
E o caso de Vila Franca de Xira «aconselha a uma avaliação da presente legislação, às alterações legislativas anteriormente e a uma reflexão e ação no sentido de produzir legislação que melhor proteja os cidadãos e previna eventuais surtos no futuro», defende aquele partido.
 
O Bloco de Esquerda recorda que, no ano passado, o Governo publicou legislação que explicita serem «eliminadas as auditorias de qualidade do ar interior», quando um decreto lei de 2006 previa a realização de auditorias periódicas nos edifícios de serviços com sistemas de climatização e obrigava a que as auditorias incluíssem «a pesquisa da presença de colónias de legionella» em amostras de água nos locais de maior risco.
 
No surto em Vila Franca de Xira há «fortes suspeitas relativamente às torres de refrigeração da empresa Adubos de Portugal. De acordo com declarações do Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia tratar-se-á mesmo de um crime ambiental. A presença de 'legionella' foi também encontrada nas torres de refrigeração da empresa Solvay», contextualiza o requerimento, defendendo ser «necessário conhecer e compreender o que ocorreu neste caso».
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