Associação Sindical da Polícia quer conhecer calendário negocial do estatuto da PSP - TVI

Associação Sindical da Polícia quer conhecer calendário negocial do estatuto da PSP

Protesto de Polícias - Paulo Rodrigues (JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA)

"Não sabemos em que pé está o processo negocial", alega Paulo Rodrigues da ASPP

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A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) pediu esta quarta-feira à ministra da Administração Interna que indique o calendário de reuniões com os sindicatos para dar um sinal de que o processo negocial sobre o estatuto da PSP está a decorrer.

"Não sabemos em que pé está o processo negocial", disse à agência Lusa Paulo Rodrigues da ASPP, apelando para que a tutela divulgue, em breve, o calendário de reuniões que tem previsto para a negociação do referido estatuto.

O presidente da ASPP respondeu assim à ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, que hoje disse no parlamento que a negociação das alterações ao estatuto profissional da Polícia de Segurança Pública (PSP) estava a decorrer com normalidade.

"Gostaríamos de saber a calendarização destas reuniões para que, não só os sindicatos, mas os próprios polícias, pudessem perceber que efetivamente há um processo negocial, e também saber qual o 'timing' necessário para concretizar estas alterações", reforçou.

"Neste momento estamos com um vazio, a única coisa que temos é uma declaração da ministra da Administração Interna de que está a analisar as propostas. Isto só não chega", acrescentou.


Para Paulo Rodrigues, os polícias precisam de saber que "há vontade" para resolver as coisas, considerando que essa vontade tem de ser traduzida num ato: programar e calendarizar a negociação.

Paulo Rodrigues considera que o processo está a "ser protelado", lembra que a legislatura está praticamente no fim e mostra-se receoso de que não haja tempo para concluir as alterações ao estatuto.

"Esperamos que a ministra, até para acalmar os profissionais, agende rapidamente as reuniões", reforçou, adiantando que vão aguardar "mais alguns dias".

"Caso não haja calendarização, partimos do princípio de que já não vai haver tempo. E é evidente que ninguém vai aceitar muito bem que não haja alterações ao estatuto profissional. Haverá, com certeza, uma demonstração dessa indignação, mas espero que não sejam necessárias ações de protesto", disse.


No parlamento, a ministra da Administração Interna disse também que Governo não vai avançar nesta legislatura com as alterações às leis orgânicas da PSP e da GNR e que “não é o momento” para os polícias realizarem manifestações.

"Também nós, como a ministra, esperamos que não sejam necessárias manifestações, que não seja necessária nenhuma forma de demonstração de indignação - seria vantajoso para todos", disse Paulo Rodrigues.
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