Associações de imprensa e de rádios enviam carta ao Governo por ausência de medidas para o setor - TVI

Associações de imprensa e de rádios enviam carta ao Governo por ausência de medidas para o setor

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  • 23 abr 2021, 18:52
Jornalismo

Manifestam também "a esperança de que muito brevemente" possam "contar com a atenção e o interesse do Governo para os problemas" do setor

 As associações de imprensa e de rádios enviaram esta sexta-feira uma carta ao primeiro-ministro onde manifestam a sua preocupação por o Conselho de Ministros para a Cultura "não ter tratado de questões relevantes" para o setor dos media.

As associações Portuguesa de Imprensa, de Imprensa de Inspiração Cristã, Portuguesa de Radiodifusão e de Rádios de Inspiração Cristã, que "empregam mais de 50% dos jornalistas em Portugal", enviaram uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, onde manifestam "a sua preocupação por o Conselho de Ministros para a Cultura", realizado no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia, "não ter tratado de questões relevantes para o setor dos media".

Em comunicado, referem que "expressaram a sua preocupação com o facto de a lei orgânica do Governo estabelecer que a Cultura é a área executiva em que se insere a atividade da comunicação social, temendo que não se verificará uma nova oportunidade para, antes da implementação do Plano de Recuperação e Resiliência [PRR]", enviado na quinta-feira a Bruxelas, "fazer uma avaliação e atribuição de apoios que assegurem a manutenção do ambiente mediático em Portugal".

Na missiva, as associações sublinham que, nos últimos meses, "acentuaram-se as condições negativas resultantes da contração económica motivada pela pandemia, o que tem como consequência um continuado recuo do investimento publicitário na rádio, na televisão e na imprensa, acompanhado pela queda das vendas de publicações e outros suportes, em papel e digital, em virtude da redução do número de pontos de venda e das crescentes atividades de pirataria e de desinformação".

Manifestam também "a esperança de que muito brevemente" possam "contar com a atenção e o interesse do Governo para os problemas" do setor, cujos impactos "ultrapassam muito a sua dimensão estatística", uma vez que "constitui um elemento fundamental da democracia" em que todos querem viver, "da luta contra a iliteracia e a desinformação, vital neste momento de pandemia e da afirmação cultural de Portugal na Europa e no mundo".

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