A Associação Ateísta Portuguesa criticou a tolerância de ponto decretada pelo Governo para os funcionários públicos durante a visita do Papa, considerando que é algo que não pode acontecer num estado laico.
Tolerância de ponto «vai custar milhões à economia»
«Um Estado laico não pode favorecer um chefe religioso, o que é contra a Constituição», disse à Lusa o presidente desta associação, Carlos Esperança, dizendo não reconher no Papa «qualidades éticas que superem as de outros chefes de Estado».
«A Associação Ateísta fica perplexa perante a tolerância de ponto, porque [o Papa] só é um chefe de Estado graças aos acordos de Latrão assinados com Benedito Mussolini, portanto desde o fascismo», acrescentou.
Para a associação, não serve de argumento dizer que Portugal é um país maioritariamente católico, salientando que as pessoas «vão à missa e que representam hoje uma taxa ínfima da população».
Para Carlos Esperança, o catolicismo é uma marca cultural em Portugal «imposta pela violência». O presidente da associação apontou que foi fruto de «conversões colectivas por imposição dos príncipes, imperadores e dos reis ou pelas conquistas».
Associação Ateísta censura tolerância de ponto por causa de Papa
- tvi24
- HB
- 14 abr 2010, 19:25
«Estado laico não pode favorecer um chefe religioso», diz presidente
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