Homicídio em Évora: julgamento prossegue a 19 de março - TVI

Homicídio em Évora: julgamento prossegue a 19 de março

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Guilherme Páscoa está acusado de ter matado a irmã Ana Bívar, antiga subdiretora do Igespar

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O julgamento de Guilherme Páscoa, acusado de ter matado a irmã Ana Bívar, antiga subdiretora do Igespar, prossegue no dia 19 deste mês, depois de ter começado esta terça-feira, no Tribunal de Évora, com o arguido remetido ao silêncio.

Évora: «Acabamos de ser atropeladas pelo meu irmão»

O caso remonta a 30 de maio de 2012, em Évora, com Guilherme Páscoa a ser acusado de ter matado com um objeto cortante a irmã Ana Bívar, 51 anos, então subdiretora no Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (Igespar) e mulher do deputado do PSD António Prôa, e de ter tentado assassinar uma outra irmã, Marta Páscoa, de 44, após as ter atropelado, devido a questões relacionadas com partilhas e à gestão de uma herança familiar.

Depois de, durante a manhã, Marta Páscoa ter feito um relato emotivo dos pormenores dos crimes - em particular do assassinato da irmã -, de tarde foi ouvida a mãe, Maria Guilhermina, que apontou o relacionamento positivo com o filho.

Acusado de dois crimes de homicídio qualificado das duas irmãs, um consumado e outro na forma tentada, e incorrendo na pena máxima de 25 anos de prisão, Guilherme Páscoa, de 42 anos, em prisão preventiva no Hospital Prisional de Caxias, remeteu-se ao silêncio durante toda a sessão de hoje.

Pela sala de audiências do Tribunal Judicial de Évora passaram também hoje a advogada de Maria Guilhermina e três inspetores da Polícia Judiciária que estiveram envolvidos nas investigações.

No interrogatório, Marta Páscoa enumerou os bens da família e confirmou a existência de uma procuração que o arguido tinha para representar a mãe em negócios familiares, que foi revogada dias antes dos crimes.

Segundo o seu testemunho, três frações da Herdade da Lezíria, em Alcácer do Sal, foram vendidas entre 2004 e 2011, por um valor total de 860 mil euros, pelo irmão, com recurso à procuração da mãe.

O marido da vítima mortal, António Prôa, que se constituiu assistente, tal como Marta Páscoa, recusou prestar declarações aos jornalistas.

Figura do meio equestre, Guilherme Páscoa terá matado a irmã Ana Bívar com um golpe na jugular, quando esta se dirigia, acompanhada pela irmã Marta, para o seu veículo para regressar a Lisboa.

O homem terá esfaqueado as duas irmãs após as ter atropelado, tendo Ana Bívar acabado por morrer no Hospital de Évora, enquanto Marta Páscoa sofreu ferimentos ligeiros e teve alta hospitalar horas depois.

Após os crimes, no Bairro do Granito, nos arredores de Évora e perto da casa de Marta Páscoa, o alegado homicida encetou fuga, mas entregou-se no dia seguinte num posto da GNR na zona de Alenquer, a sua área de residência.

Ana Bívar morava em Lisboa.

O atropelamento seguido de esfaqueamento ocorreu na rua Dr. César Baptista, no Bairro do Granito, na periferia da cidade, onde o suspeito esperou, alegadamente, cerca de três horas no interior de um automóvel.

As autoridades não encontraram no local, na altura, a arma utilizada nos crimes.
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