Covid-19: Escola Virtual cresceu, mas alunos continuaram a preferir manuais em papel - TVI

Covid-19: Escola Virtual cresceu, mas alunos continuaram a preferir manuais em papel

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  • 15 set 2020, 07:44
Escola

Inquérito do Grupo Porto Editora revela que 92% dos alunos continuaram a usar o manual em papel durante os mais de três meses de ensino a distância e apenas 48% recorreram, pelo menos uma vez, à versão digital

O ensino à distância contribuiu para promover as plataformas educativas digitais e a utilização da Escola Virtual, mas os alunos continuaram a preferir a versão em papel dos manuais, segundo a Porto Editora.

O Grupo Porto Editora divulgou esta terça-feira os resultados de um inquérito de satisfação sobre as plataformas educativas que apontam para um crescimento exponencial no número de utilizadores da plataforma Escola Virtual e, por outro lado, para a preferência pelo manual em papel.

Segundo os dados, que refletem as respostas de mais de 11 mil docentes e encarregados de educação, 92% dos alunos continuaram a usar o manual em papel durante os mais de três meses de ensino a distância e apenas 48% recorreram, pelo menos uma vez, à versão digital.

Além desta preferência, a maioria dos encarregados de educação (76%) sublinhou, também, a importância dos livros em papel, à semelhança de cerca de metade dos professores, durante período em que a maioria das atividades letivas decorreu online.

A transição do ensino para o espaço digital verificou-se, sobretudo, na adesão à plataforma Escola Virtual, que mesmo antes do confinamento tornou gratuito o acesso a todos os alunos e professores.

Entre o dia 12 de março, data em que foi anunciado o encerramento das escolas, e o final do ano letivo, a Escola Virtual passou dos cerca de 200 mil utilizadores para 1,2 milhões, logo em maio.

Segundo os resultados, 89% dos professores inquiridos entre 01 e 14 de julho disse ter passado, durante o confinamento, a recorrer mais às funcionalidades disponibilizadas pelas plataformas educativas, desde vídeos a fichas editáveis de avaliação.

Por outro lado, a quase totalidade dos docentes (90%) avaliaram os alunos através das aulas ‘online’ e de trabalhos e tarefas assíncronas, criadas maioritariamente com base nas plataformas educativas.

O balanço feito pelo Grupo Porto Editora aponta, aliás, que em apenas um mês de ensino à distância os professores criaram mais de 50 mil turmas na Escola Virtual, um número que acabou por ultrapassar as 87 mil turmas.

Já em exercícios realizados através da plataforma, foram cerca de 2,5 milhões até ao final do ano letivo.

As plataformas educativas também foram utilizadas para realizar testes e durante o confinamento foram mais de 60 mil aqueles concebidos na Escola Virtual, uma opção a que cerca de um terço dos docentes dizem ter recorrido.

Segundo os resultados do inquérito, a maioria dos pais e professores (cerca de 80%) relevou-se satisfeita com os recursos disponíveis na plataforma, elogiando a sua relevância, qualidade e facilidade de utilização.

Já os docentes valorizaram, sobretudo, os recursos digitais associados aos manuais e os recursos complementares das áreas das disciplinas.

Em 16 de março, todos os estabelecimentos de ensino encerraram devido à pandemia da covid-19 e mais de um milhão de alunos e centenas de professores trocaram as salas de aula pelo digital, num regime de ensino a distância que durou até ao final do ano letivo, à exceção dos 11.º e 12.º anos.

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