O número de alunos acompanhados pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens que este ano têm ido à escola mesmo em confinamento é cerca de seis vezes superior ao do ano passado. No ano passado, o número não chegou a 200, este ano foi de cerca de 1.250.
Neste confinamento foram encaminhadas para a escola cerca de 1.250 crianças No ano passado não chegou a 200 porque estávamos muito no final de um ano letivo e havia mais medos”, revelou Rosário Farmhouse, presidente da Comissão Nacional para a Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens, à TVI.
São crianças inseridas em contextos familiares violentos ou problemáticos para quem as aulas presenciais são uma proteção e um balão de oxigénio.
“Muitos tinham não só ambientes agravados de contexto de violência, de problemas de saúde mental ou de consumos dentro da família”, explicou a responsável.
Rosário Farmhouse garante que, desde que foi decretado o fecho dos estabelecimentos de ensino, a 22 de janeiro, as comissões “estão a fazer um acompanhamento aprofundado de cada caso”, garantindo que, se uma determinada criança não estiver a ter o acesso à escola que deveria ter, esta seja encaminhada para uma escola de acolhimento.
As escolas de acolhimento recebem além dos alunos de risco, os filhos de profissionais essenciais e os alunos com necessidades especiais.