Chic: suspeitos «vigiados de perto» - TVI

Chic: suspeitos «vigiados de perto»

Investigação ao homicídio de Palha dá a conhecer outros crimes

Relacionados
Três meses após a morte do proprietário da discoteca «Chic», Aurélio Palha, ainda não há arguidos constituídos no processo, mas cerca de dez pessoas estão a ser «vigiadas de perto» por suspeitas de envolvimento no crime.

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, entre os suspeitos vigiados há seguranças privados, empresários da noite e fornecedores de casas de diversão nocturna.

Vários suspeitos já terão mesmo sido abordados sobre «onde estavam e com quem» na madrugada do crime. A ausência de colaboração tem sido um dos principais problemas para os investigadores.

Ao longo da investigação as autoridades têm-se deparado com uma sucessão de outros ilícitos relacionados com a noite, designadamente tráfico de droga, álcool, e extorsão.

Contactado pelo PortugalDiário, o advogado da família Palha referiu que, além dos familiares do empresário, a PJ também já ouviu os sócios de Aurélio em todos os negócios. No entanto, ao fim de três meses, a família continua à espera de um esclarecimento sobre o que se passou.

Vítima era um dos alvos (ou o único) a abater

Recorde-se que o proprietário da discoteca «CHIC», situada na zona industrial do Porto, foi morto a tiro na madrugada de 27 de Agosto, à porta do seu estabelecimento, quando estava acompanhado por um segurança, que se escondeu atrás do muro, tendo escapado ileso.

Refira-se que o segurança que acompanhava Aurélio Palha, conhecido como «Berto Maluco», além de cadastrado, é referenciado nos meios da noite como tendo informações sobre o homicídio de outro segurança Nuno «Gaiato», a 13 de Julho, na discoteca «El Sonero».

Além disso estará envolvido na agressão, cerca de uma hora antes do homicídio do empresário portuense, ao proprietário de um ginásio da zona do Porto, na sequência de um jantar no restaurante «Boi na Brasa», onde esteve reunido com Aurélio e com o líder da claque dos SuperDragões, Fernando Madureira.

O homem agredido, que já esteve ligado à segurança nocturna, deslocou-se ao hospital na companhia de Fernando Madureira, cerca das três da madrugada.

Meia hora depois, às três e meia da manhã, o patrão da noite portuense era assassinado à porta da discoteca «Chic», quando se dirigia para o carro.

A vítima foi baleada várias vezes, uma delas na cabeça, tendo os disparos partido do interior de uma viatura escura que se pôs em fuga. As autoridades acreditam que a vítima era um dos alvos, ou mesmo o único alvo, a abater naquele local.

Aurélio Palha era um conhecido empresário da noite portuense. Começou como segurança e teve mais tarde a sua própria empresa de segurança. Além disso, foi proprietário de vários espaços de diversão nocturna, como o «Cais 447», o «Voice Café» e era, actualmente, dono da discoteca «Chic» e do «Nova Era Café», no Cais de Gaia, e sócio do «Porta 29», no Estádio do Dragão. Para além disso, já foi dono um ginásio, «Fashion Club», e era actualmente sócio da produtora «Som Puro» e dono da Rádio Nova Era.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

Mais Vistos