Mais de 90 por cento dos trabalhadores da higiene urbana da Câmara de Lisboa estão esta segunda-feira em greve, segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), refere a Lusa.
O dirigente sindical Joaquim Jorge (STML) disse que, devido à paralisação, que começou às 06:00, só saíram quatro das 65 viaturas que aquela hora iniciam os trabalhos de remoção do lixo.
Segundo Joaquim Jorge, trata-se dos «serviços mínimos».
O protesto destes trabalhadores municipais decorre até quinta-feira e visa contestar a alegada intenção de privatizar os serviços de recolha de lixo e limpeza das ruas em algumas zonas.
Os trabalhadores reclamam ainda a contratação de 200 cantoneiros e a aquisição ou reparação de meios materiais e equipamentos.
Os trabalhadores que realizam a lavagem e varredura das ruas começam mais tarde a funcionar, cerca das 08:00, estando previsto para mais logo um balanço da sua adesão à greve.
Contudo, Joaquim Jorge arrisca valores semelhantes aos das viaturas de limpeza, «superiores a 90 por cento».
Esta paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
A greve abrange entre 2.000 a 2.500 trabalhadores do Departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos da Câmara Municipal de Lisboa, incluindo cantoneiros, motoristas e pessoal administrativo e técnico.
Em comunicado divulgado domingo, a Câmara de Lisboa alertou para os possíveis efeitos da paralisação e recomendou aos munícipes que «acondicionem devidamente os seus resíduos domésticos e evitem colocá-los à remoção».
Lisboa: greve da recolha de lixo com 90 por cento de adesão
- Redação
- CR
- 8 dez 2008, 09:43
Sindicato dos Trabalhadores do Município contra privatização dos serviços de recolha
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