Fenprof reivindica adesão quase total à greve dos professores - TVI

Fenprof reivindica adesão quase total à greve dos professores

  • Atualizada às 18:11
  • 18 jun 2018, 14:22

Estrutura sindical diz que mais de 90% das reuniões de avaliação previstas não se realizaram. Sindicatos foram convocados pelo MInistério para definir serviços mínimos

Mais de 90% das reuniões de avaliação nas escolas previstas para hoje não se realizaram devido à greve dos professores, segundo os primeiros dados da paralisação avançados pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

Os professores começaram esta segunda-feira uma greve às avaliações para exigir a contagem do tempo de serviço congelado, que se prolongará pelo menos até ao final deste e mês e poderá estender-se até meio de julho.

Num comunicado com os primeiros dados sobre o impacto da greve às avaliações, a Fenprof adianta que não se realizaram mais de 90% das reuniões que estavam previstas para este dia, não estando incluídas os dados das escolas secundárias.

Segundo a Fenprof, as primeiras reuniões nas escolas secundárias só se realizam à tarde.

Os dados de todo o país e a percentagem global de reuniões não realizadas devido à greve dos professores vão ser apresentados numa conferência de impressa em Lisboa, onde vão ser também anunciadas outras iniciativas que as organizações sindicais de professores vão desenvolver.

A Fenprof é uma das dez estruturas sindicais que convocam a paralisação que hoje se inicia, que já tem pré-avisos entregues até meio do próximo mês, e que se vai realizar de forma intermitente, ou seja, com pré-avisos diários, o que significa que os professores podem decidir fazer greve num dia e não noutro.

A greve tem como “questão central” a contagem de todo o tempo de serviço, a recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias, mas os professores reivindicam também a criação de um regime especial de aposentação, horários de trabalho de 35 horas e a resolução do “problema grave” de precariedade que também afeta os docentes.

O Ministério da Educação tentou, ainda durante a greve convocada isoladamente pelo Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.), condicionar os efeitos práticos deste tipo de greve, distribuindo às escolas orientações que procuravam esvaziar a paralisação que decorreu entre 04 e 15 de junho, e que os sindicatos vieram contestar, inclusivamente pela via judicial, acusando a tutela de cometer uma ilegalidade e de violar o direito à greve.

Serviços mínimos

O Governo convocou esta segunda-feira os sindicatos da educação para uma reunião na terça-feira para "chegar a acordo" sobre serviços mínimos a aplicar no segundo período da greve às avaliações, que começa em 02 de julho, anunciaram as estruturas.

Quero ser claro. Não há acordo nenhum", disse o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, em conferência de imprensa, em Lisboa, onde foi feito o balanço mais atualizado do primeiro dia de greve às avaliações.

A nova greve foi convocada por dez sindicatos da educação, que apontaram hoje uma adesão de 95%, com a maioria dos conselhos de turma a ficarem por realizar.

Mário Nogueira acusou o Governo de pôr em causa o direito à greve e afirmou que, se na greve às avaliações que decorreu nas duas primeiras semanas de junho, e que foi convocada por um único sindicato, o S.T.O.P., e na que está em curso não foram decretados serviços mínimos, uma vez que as reuniões de avaliação não foram consideradas uma necessidade social impreterível, o mesmo entendimento deve prevalecer para o segundo período da greve, que se inicia em 2 de julho.

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