Incendiou dez vezes o prédio onde dormia - TVI

Incendiou dez vezes o prédio onde dormia

Polícia Judiciária (Arquivo)

Suspeito, de 56 anos, foi detido pela Polícia Judiciária. Alegado autor dos incêndios foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado proibido de frequentar o prédio onde habitualmente pernoitava e sujeito a apresentações trissemanais às autoridades

A Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro anunciou hoje a detenção, novamente, de um homem, de 56 anos, suspeito de ter ateado fogo, pelo menos por dez vezes, a um prédio devoluto, no centro histórico de Aveiro.

Em comunicado, a PJ refere que o suspeito, sem ocupação definida e sem morada certa, foi detido pela prática do crime de incêndio, em cumprimento de mandado de detenção emitido pelas competentes autoridades judiciárias.

O suspeito, agindo num quadro de alcoolismo, pernoita em prédios abandonados na zona histórica da cidade de Aveiro e por uma dezena de vezes, acendeu fogueiras, supostamente com o intuito de se aquecer, no interior de um prédio devoluto, construído à base de madeira, dando origem a outros tantos focos de incêndio que só não tomaram grandes proporções porque foram prontamente combatidos pelos bombeiros", refere o comunicado.

Segundo a PJ, o alegado autor destes incêndios foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado proibido de frequentar o prédio onde habitualmente pernoitava e sujeito a apresentações trissemanais às autoridades.

No início deste mês, o suspeito já tinha sido detido por factos idênticos, aquando das primeiras quatro ocorrências. Na ocasião, foi-lhe aplicada a medida de coação de apresentações semanais.

A PJ realça ainda que o prédio em questão se encontra inserido na zona antiga da cidade, onde predominam construções antigas e que se as chamas se tivessem propagado aos prédios contíguos "poderiam originar avultadíssimos prejuízos materiais e colocar em risco vidas humanas".

No passado mês de janeiro, os Bombeiros foram chamados para vários focos de incêndio no referido prédio, situado na rua Luís Cipriano.

Esta situação, que tem preocupado vizinhos e lojistas, levou a que o local fosse vedado, até por risco de eventual derrocada.

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