Lisboa: bomba mata dono de bar - TVI

Lisboa: bomba mata dono de bar

  • Portugal Diário
  • 2 dez 2007, 09:17
Proprietário do bar «O Avião» morto (Inácio Rosa/Lusa)

Proprietário do «O Avião» acabara de entrar no carro com duas funcionárias. Engenho explodiu, mas só atingiu José Gonçalves. Vítima era testemunha no processo «Passerelle» Indivíduo já tinha sido baleada há dois anos e meio. Empresário da noite morto a tiro

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(ACTUALIZADA ÀS 18:30)

Um homem morreu esta madrugada na sequência da explosão de uma viatura à saída do parque de estacionamento de um bar, perto do aeroporto de Lisboa, disse fonte policial, citada pela Lusa.

A informação foi confirmada ao PortugalDiário por fonte da PSP, acrescentando que a Polícia Judiciária está no local a investigar as causas da explosão.

A vítima era José Gonçalves, de 65 anos, proprietário do bar «O Avião». De acordo com a SIC Notícias, o dono do bar já teria sido baleado há cerca de dois anos e meio

Juntamente com o proprietário do espaço de diversão nocturna seguiam duas bailarinas, funcionárias da casa, e a quem a vítima se preparava para dar boleia. As duas mulheres não ficaram feridas, mas foram transportadas para o hospital a fim de receber apoio psicológico.

Ligação com processo «Passerelle» é «abusiva»

Gonçalves era testemunha no processo «Passerelle» e sócio num estabelecimento de strip-tease, em Ponta Delgada, com um dos arguidos do processo, Jorge Chaves. Contactado pela Lusa, o advogado de Jorge Chaves, Melo Alves, considera «completamente abusivo estabelecer qualquer ligação entre o caso Passerelle e o que aconteceu hoje em Lisboa».

Confrontado com estas ligações, o advogado realçou que «não tem qualquer sentido que alguém do caso Passerelle tentasse apagar o depoimento» de Manuel Gonçalves que já prestou depoimento em fase de inquérito e, segundo Melo Alves, o seu testemunho «é completamente inócuo e não incriminatório».

Segundo o advogado, a vítima declarou na altura que «não sabia de nada» no que respeita «à gestão do estabelecimento» no qual era sócio com Jorge Chaves, bem como em relação «a contratação das bailarinas».

Manuel Gonçalves não foi constituído arguido no processo, já que era apenas sócio, cabendo a gerência do estabelecimento a Jorge Chaves, que já foi ouvido no tribunal de Leiria. Melo Alves, que é também advogado do arguido e ex-agente da PSP Alfredo Morais no caso Passerelle, insistiu que «não faz sentido do ponto de vista estratégico tapar aquele depoimento» de Manuel Gonçalves, pelo que, em seu entender, é «abusivo» estabelecer uma relação entre os dois casos.

Bomba direccionada colocada no lugar do condutor

Fontes policiais no local avançaram à imprensa que o engenho explosivo terá sido colocado no lugar do condutor tê-lo atingido unicamente.

A Polícia Judiciária já terá recolhido a cassete com as imagens de videovigilância do espaço e rebocou a viatura para as suas instalações. O local do crime foi limpo.

De acordo com fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, a explosão deu-se cerca das 05:00, no parque de estacionamento do «O Avião», um bar na Avenida Cidade do Porto, na proximidade do aeroporto de Lisboa.

Trânsito esteve condicionado para explodir objectos suspeitos

O trânsito esteve condicionado na Segunda Circular em Lisboa em ambos os sentidos, cerca de 15 minutos, às 10:30, por precaução, para que as autoridades pudessem detonar dois objectos, um deles uma pasta, que se encontravam dentro da viatura que explodiu.

A PSP fez um perímetro de segurança para isolar a zona onde ocorreu a explosão. No local, estão vários agentes da PSP, nomeadamente do Departamento de Minas e Armadilhas.
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