MH17: possibilidade de haver portugueses entre as vítimas «é muito remota» - TVI

MH17: possibilidade de haver portugueses entre as vítimas «é muito remota»

«Há uma serie de pessoas cuja nacionalidade não é clara», estando ainda a ser feita uma análise pormenorizada

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O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, disse que a probabilidade de existir portugueses a bordo do avião que caiu na Ucrânia «é remota», sublinhando que está a ser feita uma análise à lista de nomes.

«Ontem à noite tínhamos concluído que muito dificilmente haveria portugueses. Ainda aguardamos, mas a possibilidade é muito remota», disse à agência Lusa José Cesário.

Segundo adiantou, na lista oficial dos passageiros do Boeing 777 da Malaysia Airlines divulgada, «há uma serie de pessoas cuja nacionalidade não é clara», estando ainda a ser feita uma análise pormenorizada.

O voo fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo e desapareceu na quinta-feira dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10.000 metros.

O aparelho perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, e palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes federalistas pró-russos.

Em declarações hoje à Lusa, José Cesário adiantou que está a ser feita uma análise em torno de alguns nomes que constam da lista de nomes divulgada pelas autoridades, apesar de a secretaria de Estado não ter sido contactada por nenhum familiar ou amigo de algum português que supostamente poderia estar no avião.

«Houve um primeiro momento, logo a seguir à notícia, em que recebemos alguns pedidos de informação, mas nenhum dos contactos falou diretamente em familiares ou amigos», disse.

O secretário de Estado das Comunidades salientou ainda que da lista divulgada pelas autoridades não existe nenhum nome lusófono.

«Os casos menos claros que detetámos não revelam que sejam portugueses, mas há sempre uma hipótese remota de terem binacionalidade ou serem de origem portuguesa. Claramente, portugueses não me parece», disse, salientando ter uma certeza de 99% de que não havia portugueses a bordo.

Segundo responsáveis dos serviços secretos norte-americanos, o avião foi abatido por um míssil terra-ar de origem ainda desconhecida.

Entretanto, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reúne-se de urgência na sexta-feira em Nova Iorque, a partir das 10:00 locais (15:00 de Lisboa), a propósito do abate do avião comercial malaio.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, já atribuiu à Ucrânia a responsabilidade pela queda do avião malaio, enquanto o seu homólogo ucraniano classificou o acidente como «um ato terrorista» e assegurou que «as Forças Armadas ucranianas não efetuaram tiros suscetíveis de atingir alvos no ar».

Entre as 298 pessoas que seguiam a bordo do avião, 154 eram holandesas, 27 australianas, nove britânicas e, pelo menos, quatro francesas, disse fonte da transportadora, que não adiantou a identidade das restantes vítimas.
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