Reabertura da fronteira com Espanha assinalada com hinos e palmas - TVI

Reabertura da fronteira com Espanha assinalada com hinos e palmas

  • .
  • BC (atualizado às 14:50)
  • 1 jul 2020, 12:06

As cerimónias tiveram início pelas 09:45 de Portugal (10:45 em Espanha), no Museu Arqueológico da Alcáçova de Badajoz, e terminaram cerca de uma hora e meia depois, no Castelo de Elvas, no distrito de Portalegre

A reabertura da fronteira entre Portugal e Espanha foi hoje assinalada pelos chefes de Estado e de Governo dos dois países, em cerimónias em Badajoz e Elvas, com hinos nacionais e palmas, sem discursos oficiais.

As cerimónias tiveram início pelas 09:45 de Portugal (10:45 em Espanha), no Museu Arqueológico situado na Alcáçova de Badajoz, e terminaram cerca de uma hora e meia depois, no Castelo de Elvas, no distrito de Portalegre.

Em cada um dos lados da fronteira, foram executados os hinos português e espanhol, perante o Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o rei de Espanha, Felipe VI, do primeiro-ministro português, António Costa, e o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez.

Devido à pandemia de covid-19, por decisão conjunta, a fronteira luso-espanhola esteve encerrada durante três meses e meio, entre os dias 17 de março e 30 de junho, com pontos de passagem exclusivamente destinados ao transporte de mercadorias e a trabalhadores transfronteiriços.

Na Alcáçova de Badajoz, os chefes de Estado e de Governo ouviram os dois hinos nacionais, executados pela Orquestra da Estremadura, dispostos num estrado, com bandeiras de Portugal e de Espanha por trás, e no final bateram palmas.

Em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa, Felipe VI, António Costa e Pedro Sánchez colocaram máscaras de proteção e caminharam alguns metros até à beira da fortaleza, voltando-se para Portugal.

Abaixo, estava um grupo de espanhóis que gritavam pela República, enquanto outros, situados no outro lado da praça, exclamavam "viva o rei".

A cerimónia em território espanhol terminou com os chefes de Estado e de Governo dos dois países ibéricos a posar para uma "fotografia de família", perante dezenas de repórteres de imagem.

Uma cerimónia idêntica realizou-se, mais tarde, no Castelo de Elvas, onde Marcelo Rebelo de Sousa, Felipe VI, António Costa e Pedro Sanchéz fizeram um curto percurso a pé, com um desvio para cumprimentar algumas pessoas que lhes acenavam, contidas por baias.

Em Elvas, foi a Banda da Armada que executou os hinos nacionais dos dois países e no final os chefes de Estado e de Governo voltaram a bater palmas.

A cerimónia em território português ficou concluída com uma nova "foto de família" num miradouro de onde se avista Espanha, junto ao qual os quatro conversaram mais longamente, e por momentos sem máscara.

Covid-19: PM espanhol vê com "imensa felicidade" reabertura da fronteira com Portugal

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, manifestou “imensa felicidade” pela reabertura da fronteira com Portugal, após três meses e meio encerrada devido à covid-19, desejando que esta situação não se repita “como consequência de uma pandemia”.

“O primeiro que queria transmitir é a imensa felicidade que manifesto em nome do governo de Espanha por estar aqui com o Governo português a reabrir umas fronteiras que esperemos que jamais tenham de voltar a ser encerradas como consequência de uma pandemia”, afirmou.

Nas declarações aos jornalistas, em Elvas, no final das cerimónias oficiais para assinalar a reabertura da fronteira entre os dois países, o chefe do governo espanhol agradeceu também ao primeiro-ministro português, António Costa, que se encontrava ao seu lado.

Pedro Sánchez transmitiu “a enorme gratidão do governo de Espanha” e “da sociedade espanhola à sociedade portuguesa e ao Governo português”, pelo apoio durante esta época da pandemia da covid-19.

“Durante as semanas mais duras da pandemia que vivemos em Espanha, contei com o apoio, carinho e incentivo do primeiro-ministro português. E, em momentos em que as coisas estão a correr bem, agradece-se e muito” essa “relação cordial”, afirmou.

Mas, que esta “inclusive se intensifique em situações tão dramáticas como, infelizmente a Espanha teve que viver, isso diz muito deste grande povo”, que é o português e do próprio primeiro-ministro António Costa, vincou.

A propósito das cerimónias de hoje, que tiveram lugar em Badajoz, do lado espanhol, e em Elvas, do lado português, Pedro Sánchez disse que foi um ato “carregado de muita e emoção”.

“Somos dois povos irmãos” e que “partilhamos não só história, cultura, afinidade, mas também a visão do que ocorreu com a pandemia e quais são os desafios e as transformações que temos por diante, não só na Península Ibérica, mas também no contexto europeu”, assinalou, mencionando a cimeira europeia que vai decorrer em Bruxelas, este mês.

Continue a ler esta notícia