Penafiel: caso de 2006 serviu de lição para a PJ - TVI

Penafiel: caso de 2006 serviu de lição para a PJ

Bebé raptado no Hospital Padre Américo em Penafiel

Raptora tem 21 anos, não trabalha no hospital e será presente ao juiz esta segunda-feira

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O director da Polícia Judiciária do Porto, Baptista Romão, leu um comunicado aos jornalistas onde confirmou a detenção, «em flagrante delito», da raptora do bebé que foi levado do Hospital Padre Américo de Penafiel este sábado.

«A autora do crime tem 21 anos e não tinha qualquer vínculo laboral àquela unidade hospitalar, pretendendo, ao que se apurou até ao momento, fazer sua a criança em causa», declarou. A PJ localizou a sequestradora, «em Lousada», e recuperou a criança, «que se encontrava cuidada e já com roupa diversa à que usava quando foi retirada do hospital».

Bebé raptado encontrado

Baptista Romão admitiu ainda que «não se apurou o envolvimento de terceiros na preparação e cometimento do crime» e que o caso de 2006, quando outro bebé foi levado do mesmo hospital e esteve desaparecido durante 13 meses, serviu de lição: «Serviu para a Polícia Judiciária estar mais atenta e para tentar actuar o mais depressa possível».

O coordenador da investigação criminal, Virgílio Carvalho, esclareceu alguns pormenores, nomeadamente as suspeitas de uma denúncia telefónica que terá sido fundamental na identificação da raptora. «Confirma-se um contacto telefónico para a GNR que foi um dos elementos que nos permitiu descobrir a autora do crime», elucidou.

Videovigilância foi fundamental

Depois do incidente de 2006, o Hospital Padre Américo de Penafiel foi reforçado em termos de videovigilância, outro dos factores que ajudou à rapidez de resolução deste rapto: «As imagens foram muito importantes. As câmaras à saída também ajudaram. Seguimos o percurso da autora do crime até determinado ponto». Virgílio Carvalho revelou ainda que «a roupa diferente foi um dos pormenores que nos permitiu concluir que se tratava de rapto».

A PJ do Porto foi chamada a intervir às 15.45 e, apenas quatro horas depois, conseguiu identificar de forma precisa a autora do rapto. «O facto do bebé ter poucas horas de vida incutiu em nós celeridade e alguma ansiedade controlada. Sabíamos que o bebé necessitava de cuidados médicos e fizemos um forcing para o encontrar o mais rápido possível», revelou.

Vários agentes deslocaram-se de imediato para o hospital e outros foram colocados em vários locais «para evitar que a bebé fosse levada do país, por exemplo».

A suspeita encontra-se no estabelecimento prisional da Polícia Judiciária e vai apresentar-se para primeiro interrogatório judicial, sendo presente ao juiz de instrução criminal já esta segunda-feira. O crime de sequestro tem uma moldura penal de dois a dez anos de prisão.
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