Guimarães: "Não pode haver julgamentos na praça pública" - TVI

Guimarães: "Não pode haver julgamentos na praça pública"

Tomada de posse de Anabela Rodrigues como ministra da Administração Interna (INÁCIO ROSA/LUSA)

Ministra da Administração Interna reage ao caso do adepto agredido

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A ministra da Administração Interna (MAI) disse esta sexta-feira que "não pode nem deve haver julgamentos na praça pública", referindo-se ao caso do polícia que agrediu um adepto do Benfica em Guimarães.

Anabela Rodrigues respondia aos jornalistas durante uma conferência de imprensa realizada após a XVI Conferência de Ministros do Interior dos Países do Mediterrâneo Ocidental, que decorreu em Lisboa.

Questionada várias vezes pelos jornalistas sobre os incidentes ocorridos domingo, no final do jogo de futebol Guimarães-Benfica e nos festejos do clube luz no Marquês de Pombal, a ministra respondeu que procedeu "à abertura de dois inquéritos para apuramento de responsabilidades", mas que "não pode nem deve haver julgamentos na praça pública".

Anabela Rodrigues destacou ainda a importância das forças policiais na segurança do país e na manutenção da ordem pública.

Em causa estão os acontecimentos de domingo junto ao estádio D. Afonso Henriques, após o jogo do Sport Lisboa e Benfica, que foram filmados pela Correio da Manhã TV. Nas imagens vê-se um subcomissário da PSP de Guimarães a agredir à bastonada um adepto do Benfica, que estava acompanhado pelo pai e pelos dois filhos menores.

O adepto foi detido, tendo o subcomissário escrito, no auto de detenção, que o arguido o injuriou e ameaçou e lhe cuspiu na cara.

A versão foi segunda-feira desmentida pelo adepto, que já manifestou intenção de apresentar queixa contra o subcomissário.

A PSP já anunciou a abertura de um inquérito disciplinar ao agente e o Ministério da Administração Interna também já tinha divulgado que ia abrir um inquérito à ação policial.

Entretanto, o Ministério Público anunciou igualmente que também instaurou um inquérito à atuação policial no domingo junto ao Estádio D. Afonso Henriques, após ter recebido uma denúncia de alegado abuso de poder.

Numa nota publicada na sua página na Internet, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto refere que aquela denúncia foi apresentada "por um cidadão terceiro" e aponta para "suspeitas da prática do crime de abuso de poder durante a atuação policial".
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