Portanto, cabe à PSP decidir em exclusivo o modo como faz a vigilância à casa de Ricardo Salgado.
É a reação do CSM às queixas de profissionais da PSP sobre a quantidade de efetivos necessários para vigiar a casa do ex-presidente do BES.
Em comunicado, o Conselho Superior realça:
"O perigo de fuga do arguido mediante o abandono do país".
Esclarece ainda que o juiz de instrução considerou que :
"As medidas propostas pelo Ministério Público não eram bastantes para afastar o perigo de fuga"
E quanto à vigilância:
"O tribunal não indicou o modo de execução dessa vigilância, que é da exclusiva competência das autoridades policiais".
O mesmo comunicado volta a referir que a pulseira eletrónica poderia ter sido uma opção, que não é um meio de fiscalização único e que há outros, mas ninguém explica porque é que se optou por prisão domiciliária com vigilância, em vez da pulseira eletrónica que é mais barata.
E também não se sabe qual dos meios é mais seguro para evitar a eventual fuga do arguido: a vigilância ou a pulseira eletrónica?
A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) não quer pronunciar-se sobre essa questão mas Paulo Rodrigues, presidente da ASPP, sempre vai dizendo que a pulseira eletrónica:
"É mais fácil, mais prática e mais barata"
A esquadra da PSP de Cascais tem 50 efetivos. E a verdade é que há várias formas de executar a vigilância, sem ter que existir um ou dois policias à porta. Uma das formas é serem feitas rondas permanentes à paisana.
Ricardo Salgado foi preso a 24 de Julho, é acusado de burla qualificada, falsificação, fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção no setor privado.