Operação Marquês já investiga 900 milhões aplicados na Rioforte - TVI

Operação Marquês já investiga 900 milhões aplicados na Rioforte

  • 12 set 2017, 22:15
Banco Espírito Santo [Reuters]

Uma das investigações sobre as aplicações da Portugal Telecom junto do Banco Espírito Santo passou a fazer parte do processo

Uma das investigações sobre os 900 milhões de euros em aplicações da Portugal Telecom na Rioforte, uma empresa do universo Banco Espírito Santo, passou a fazer parte da Operação Marquês, confirmou à Lusa a Procuradoria-Geral da República.

A edição online da revista Sábado noticiou hoje que o Departamento Central de Investigação e Acção Penal decidiu, a 1 de setembro passado, juntar à Operação Marquês um dos processos-crime que visa a PT e o BES.

Em causa está, então, o investimento de 900 milhões de euros da PT na Rioforte, que entretanto faliu.

Por despacho proferido no âmbito do inquérito da designada Operação Marquês, foi determinada a apensação do inquérito no qual se investigavam factos relativos à Portugal Telecom”, lê-se na resposta enviada à Lusa pela PGR. 

Segundo o Ministério Público, citado pela Sábado, verifica-se uma "conexão de processos", ou seja, há factos e/ou indícios de crimes semelhantes imputados a vários arguidos comuns aos dois inquéritos, nomeadamente aos antigos administradores da PT, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro.

Como na Operação Marquês já foram imputados a Zeinal Bava e Henrique Granadeiro o "recebimento de quantias pagas pelo Grupo BES" entre novembro de 2010 e o mesmo mês de 2012, e caso não se fizesse a junção de inquéritos prevista no Código do Processo Penal, corria-se o risco de "não se alcançar a compreensão global dos factos" sob suspeita e a eventual "repetição de julgados", cita a mesma revista, que acrescenta que a conexão e respetiva apensação dos dois processos foi comunicada ao diretor do DCIAP, Amadeu Guerra.

O Ministério Público tem até 20 de novembro para decidir se parte ou não para acusação. O principal arguido é José Sócrates, que está indiciado por fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais.

Precisamente a propósito da PT, na semana passada Sócrates gravou vários vídeos que publicou no YouTube para apresentar a sua versão. O ex-primeiro-ministro classifica o caso como o "último embuste" que o Ministério Público "pretendeu criar a propósito" da relação do seu governo com a Portugal Telecom.

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