Arranca a fase mais crítica do combate a incêndios sem quatro "helis" - TVI

Arranca a fase mais crítica do combate a incêndios sem quatro "helis"

Até 30 de setembro vão estar disponíveis 9.721 operacionais e 2.050 veículos, juntamente com 236 postos de vigia da responsabilidade da GNR. Para esta quarta-feira estão dez concelhos de Coimbra, Castelo Branco e Guarda em risco máximo de incêndio

Relacionados
Dez concelhos dos distritos de Castelo Branco, Coimbra e Guarda apresentam hoje risco máximo de incêndio, no dia em que arranca a fase mais crítica de combate aos incêndios.

De acordo com o IPMA, em risco máximo de incêndio estão os concelhos de Oleiros (Castelo Branco), Pampilhosa da Serra e Tábua (Coimbra), Sabugal, Guarda, Celorico da Beira, Gouveia, Fornos de Algodres, Trancoso e Aguiar da Beira (Guarda)
 

Início da fase "Charlie" sem quatro Kamov


O IPMA colocou também em risco muito elevado e elevado de incêndio vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental (18), exceto Lisboa e Viana do Castelo, no dia em que começa a época crítica dos incêndios florestais, com um reforço dos meios de combate, mas com menos quatro helicópteros pesados do que inicialmente previsto.

Durante a fase “Charlie” de combate a incêndios florestais, que se prolonga até 30 de setembro, vão estar operacionais 2.234 equipas das diferentes forças envolvidas, 9.721 operacionais e 2.050 veículos, além dos 236 postos de vigia da responsabilidade da GNR, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), apurou a Lusa.

O DECIF estabelece também 49 meios aéreos, mas a fase crítica em fogos arranca com 45, não contando o dispositivo com os  quatro helicópteros Kamov da frota do Estado que estão inoperacionais, o que levou a uma abertura de um inquérito por parte do Governo. 

Dos cinco Kamov previstos para integrar o DECIF deste ano, apenas um está operacional, contando a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) reparar duas das aeronaves durante o mês de julho, mas não garante a entrada das outras duas no dispositivo deste ano.

Sobre o início da fase “Charlie”, o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, afirmou que não se regista “qualquer constrangimento” ao nível do dispositivo terrestre, existindo “o constrangimento ao nível dos meios aéreos pesados, que tem a ver com os quatro kamov”.

O dispositivo de combates a incêndios florestais, orçado este ano em cerca de 80 milhões de euros, é idêntico ao de 2014, sendo reforçado com 17 equipas nos corpos de bombeiros.
 

Área ardida duplica


O último relatório provisório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indica que a área ardida e o número de fogos mais do que duplicaram este ano em relação a 2014.

Segundo o ICNF, registaram-se, entre 1 de janeiro e 15 de junho, 6.113 ocorrências de fogo, mais 3.578 do que no mesmo período de 2014.

O relatório adianta que os 6.113 incêndios resultaram em 14.971 hectares de área ardida, mais 9.446 do que no mesmo período de 2014, quando as chamas consumiram 5.525 hectares.

A ANPC indicou, na terça-feira, que durante a fase “Bravo” de combate a incêndios florestais, que decorreu entre 15 de maio e 30 de junho, ocorreram 3.355 ocorrências de fogo,  o maior número dos últimos 12 anos.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE