Incêndios: este verão pode ser "mais complicado - TVI

Incêndios: este verão pode ser "mais complicado

Incêndio no Outeiro (Lusa/Arménio Belo)

Esta quinta-feira foram apresentados os meios para 15 de maio a 30 de outubro, estando este período dividido em três fases, considerando-se a "de maior risco", ou seja "potencialmente mais critica", entre 01 de julho e 30 de setembro

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O comandante operacional distrital do Porto, Carlos Rodrigues Alves, perspetivou que este verão seja "mais complicado" do que o anterior, apelando a que os cidadãos comuns sejam os "primeiros elementos" da estrutura de combate a incêndios.

"O trabalho é facilitado e não se põem vidas em causa se o cidadão atuar como primeiro elemento em toda a estrutura de proteção civil. Ao serem evitados os comportamentos de risco, todo o trabalho subsequente nem sequer existe", referiu Carlos Rodrigues Alves.

O responsável falava aos jornalistas à margem da apresentação do Plano Operacional Distrital relativo ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais de 2015 que esta tarde decorreu em Gondomar, na qual apontou como lema "Portugal sem fogos depende de todos".

Ao longo das intervenções foi transmitida a ideia aos vários agentes de proteção civil presentes que 2015 poderá ser "mais difícil" do que 2014, ou seja com maior número de ocorrências.

"O ano de 2014 foi o melhor dos últimos 20. Portanto, quando se atingem números assim, espera-se, em princípio, que o ano seguinte reserve mais ocorrências", explicou Carlos Rodrigues Alves, acrescentando a expectativa de que também aumente a "severidade do clima".

Em 2014, entre maio e outubro, a área ardida no distrito do Porto rondou os 1.235 hectares, não se tendo registado vítimas mortais, pelo que "igualar" os "bons" registos do verão passado é um dos objetivos atuais.

Hoje foram apresentados os meios para 15 de maio a 30 de outubro, estando este período dividido em três fases, considerando-se a "de maior risco", ou seja "potencialmente mais critica", entre 01 de julho e 30 de setembro.

Durante esta fase vão estar no terreno 59 equipas de combate a incêndios florestais, cada uma com cinco elementos, somando-se 17 equipas logísticas, cada uma com dois elementos, num total de 329 bombeiros.

À GNR e PSP caberá constituir 25 equipas de vigilância para patrulhamento a cavalo e em bicicleta.

Quanto a equipamentos especializados com máquinas de rastos, que servem para acudir a incêndios e na prevenção, no distrito do Porto existem seis.

Os apelos e expectativas de Carlos Rodrigues Alves foram reforçados pelo comandante operacional nacional, José Manuel Moura, que destacou a importância das ações de treino operacional, bem como a prevenção e sensibilização.

"O maior perigo reside nas ignições. O uso abusivo de fogo é grande. E só a prevenção e sensibilização resolverão a longo prazo este problema", apontou o comandante nacional.

Já o presidente da câmara de Gondomar, Marco Martins, enquanto anfitrião da cerimónia, vincou que neste concelho "a aposta na limpeza, prevenção e ações de informação à população são prioridade" e revelou que um estudo feito pela autarquia junto dos munícipes mostrou que para estes um dos aspetos da vida quotidiana "mais queridos e valorizados" são os corpos de bombeiros.
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