Segundo a PJ, o homem, de 40 anos, terá efetuado vários movimentos bancários não autorizados, "abusando da confiança nele depositada por diversos clientes do balcão onde trabalhava".
Os investigadores apuraram que, ao longo dos últimos anos, o suspeito "movimentou e utilizou em benefício pessoal as contas bancárias, incluindo através do resgate de aplicações financeiras, de que resultou um prejuízo para a instituição bancária e clientes ainda não totalmente apurado, que poderá ascender a mais de setecentos mil euros".
Fonte da PJ, disse à agência Lusa que a investigação resultou de uma denúncia do próprio banco, tendo já sido identificados dezenas de lesados, entre os quais estão alguns familiares do arguido.
O homem, que está indiciado pelos crimes de burla qualificada, falsificação de documento e de abuso de cartão de garantia ou de crédito, foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado proibido de entrar nas instalações do banco lesado e de sair do país.
O ex-bancário está ainda proibido de contactar com os ofendidos e com os funcionários da agência onde trabalhou.
BPI diz que não foi registado qualquer desfalque na sua agência de Estarreja
Entretanto, o BPI referiu à agência Lusa que não foi registado qualquer desfalque na sua agência de Estarreja, nem envolvimento de funcionários daquela instituição bancária em qualquer desvio de dinheiro a clientes.
Segundo um porta-voz do BPI, não foi registado qualquer desfalque e não há nenhum funcionário detido por suspeitas de desvio de fundos de clientes.