Morte após fototerapia: hospital assume «erro humano» - TVI

Morte após fototerapia: hospital assume «erro humano»

Máquina de fototerapia

Mulher de 61 anos morreu após tratamento

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O Hospital de Braga assumiu «erro humano» na programação do equipamento utilizado no tratamento de fototerapia de uma mulher de 61 anos, que acabou por morrer poucos dias após o tratamento.

«As conclusões do processo de averiguações apontam para a ocorrência de um erro humano na programação do equipamento utilizado no tratamento de fototerapia», refere um comunicado enviado à Lusa.

No mesmo comunicado, o hospital acrescenta que, «atendendo à gravidade do sucedido», a comissão executiva desencadeou «de imediato» um processo de identificação de medidas suplementares que possam obstar a ocorrência de novos erros.

Diz ainda que a Comissão Executiva transmitiu às autoridades competentes as conclusões do processo de averiguações que abriu, «tendo tomado todas as diligências necessárias, nomeadamente no âmbito disciplinar».

O hospital «lamenta profundamente» a morte da utente e manifesta «total disponibilidade» para apoiar a família.

Uma mulher de 61 anos morreu este mês depois de ter sido submetida a um excesso de radiações no Hospital de Braga, onde há sete anos fazia fototerapia, para tratar um problema de pele.

Na semana passada, após mais uma sessão de tratamento, a doente começou a queixar-se que se sentia muito quente, apresentando o corpo coberto de bolhas.

Regressou ao Hospital de Braga e foi imediatamente transferida para a Unidade de Queimados do Hospital de S. João, no Porto, onde acabaria por morrer.

Segundo fonte da família, a doente terá sido submetida a radiações durante 20 minutos, quando o tempo correto seria apenas de cinco.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde também já abriu um processo para apurar responsabilidades e definir eventuais medidas para evitar que no futuro venha a ocorrer um caso do género.

«É, obviamente, uma situação que não se pode repetir», disse fonte do Ministério da Saúde.

De acordo com o que se vier a apurar, poderá ser instaurado um processo de natureza disciplinar ou então ser feita uma participação ao Ministério Público.
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