Professora de Maximinos assassinada com oito golpes - TVI

Professora de Maximinos assassinada com oito golpes

Faca

MP conclui acusação e pede 25 anos de prisão para homicida

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O Ministério Público (MP) de Braga concluiu o inquérito-crime ao caso de uma professora de Maximinos assassinada a golpes de faca, na noite de 10 de maio, acusando o companheiro pelo crime de homicídio qualificado.

Trata-se da variante mais gravosa do catálogo de crimes contra a vida, punível com pena de prisão de 12 a 25 anos.

A acusação, obtida hoje pela agência Lusa, diz que, na manhã seguinte à consumação do homicídio, o arguido substituiu a vítima numa das suas habituais tarefas - levar o filho do casal a um infantário de Real - e regressou à casa de Maximinos sem nada contar.

Numa incursão à habitação do casal, 24 horas após o crime, a polícia veio a encontrar o alegado homicida e o corpo da vítima, bem como uma faca com nove centímetros de lâmina, que fora usada para desferir oito golpes fatais na professora: três no pescoço, quatro no tórax e um no braço direito.

A atuação policial ocorreu depois de colegas da professora mostrarem estranheza pelo facto de ela não ter comparecido nas aulas, nem ter ido buscar o filho ao infantário.

Desconfianças do arguido quanto a um suposto relacionamento da professora com outro homem, adensadas por um telefonema que ela recebeu, estão na origem do crime, segundo o MP.

Na sequência de uma discussão, o suspeito retirou o telemóvel à vítima, cortou o respetivo cartão com uma tesoura e reagiu a uma ordem para que abandonasse a casa com a agressão à facada, refere a acusação.

O arguido, que se encontra preso preventivamente à ordem do processo, e a vítima tinham-se separado, mas reataram a relação dias antes, por insistência dele.

Nos últimos cinco anos morreram 1.590 mulheres vítimas de violência doméstica, 27 das quais em 2011.

Um dos casos mais dramáticos ocorreu em 04 de novembro de 2011, quando um homem da Maia matou a companheira com 37 facadas, por desconfiar de infidelidade conjugal. O arguido foi condenado, já em julho deste ano, a 18 anos de prisão.
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