O presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, denuncia que foram «violados os meios de proteção de forma grosseira» na morte de um trabalhador soterrado, na terça-feira, numa vala, em Bragança.
O dirigente sindical argumentou ter conhecimento de que «não havia qualquer escoramento» com proteção metálica da terra e pedras acumuladas durante a abertura da vala com mais de quatro metros. O entulho desabou sobre o trabalhador.
Para o presidente do sindicato, «os responsáveis têm de responder criminalmente» por este acidente e Albano Ribeiro responsabiliza também o Governo pelo aumento do número de mortes no setor da construção.
O dirigente afirmou que o atual Governo «é o primeiro em 20 anos que não apoiou nenhuma candidatura do sindicato» para ações de pedagogia nas questões relacionadas com a Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho.
Albano Ribeiro defendeu que a estas ações se deveu «uma descida acentuada dos acidentes mortais no setor», ilustrando que «em 1997 registaram-se 196 mortes e 35 em 2014».
«Este ano estamos a assistir a um aumento de acidentes mortais», declarou, sem concretizar números.
O presidente afiançou, contudo, que o sindicato continua a realizar ações junto dos trabalhadores da construção e uma das próximas será na barragem do Baixo Sabor, que se encontra em fase de conclusão, no sul do distrito de Bragança.
Albano Ribeiro garantiu ainda que o sindicato «porá os seus meios à disposição da família» do trabalhador de 27 anos, que morreu, na terça-feira, soterrado numa obra de requalificação de uma das entradas da cidade de Bragança.
A vítima residia em Bragança e trabalhava para uma empresa de construção civil que está a realizar para a Câmara de Bragança trabalhos de requalificação da entrada sul da cidade que consistem na beneficiação de passeios e construção de um ramal de saneamento.
Falta de segurança «grosseira» levou a morte de trabalhador em obra
- Redação
- 1 abr 2015, 16:02
Sindicato garante que o número de acidentes mortais na construção está a aumentar
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