Relatos de portugueses: “Sinto que escapei à morte por minutos” - TVI

Relatos de portugueses: “Sinto que escapei à morte por minutos”

Lopo de Carvalho escapou aos dois atentados que esta manhã abalaram Bruxelas. David Costa diz que se salvou porque entrou uma hora mais cedo ao trabalho

O português Lopo de Carvalho não ganhou para o susto: escapou aos atentados no aeroporto e ao metro que esta manhã puseram a Bélgica em alerta máximo.

Lopo de Carvalho começou a trabalhar em Bruxelas há uma semana e foi esta manhã ao aeroporto esperar a mãe, irmãos, cunhados e cunhadas que vinham passar a Páscoa com ele à capital belga. Saiu do aeroporto 15 minutos antes das duas explosões que causaram vários mortos e feridos. Num autêntico teste à sorte, achou que fazia sentido prosseguir para o trabalho, tendo passado ao lado da estação do metro que também foi alvo de outro atentado.

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“Achei que fazia sentido ir trabalhar, ainda assim não vim de metro como habitualmente. Por tudo o que se estava a passar, resolvi vir de bicicleta e, quando passei à porta da estação de metro, estava uma nuvem enorme de fumo, caixotes de lixo no chão, muitos berros… É uma situação de pânico”, contou à TVI24.

“Desde a semana passada que tenho um novo trabalho em Bruxelas, altamente desafiante. Mas antes estava aflito, não tinha trabalho. De repente, a minha mãe chega e, passados 15 minutos, há um atentado. Eu venho para o trabalho, passo à porta de um local que tinha acabado de acontecer outro atentado. Fiquei a pensar, uma pessoa pensa.., Os nossos amigos encheram a caixa de mensagens a perguntar se estava tudo bem. De facto, as pessoas pensam na vida… E no que é que estou aqui a fazer. Valerá a pena o que estou a passar, a sujeitar a minha família, perante esta situação de perigo. Tenho de dar graças a Deus, sinto que escapei eu e a minha mãe à morte por uma questão de minutos”.

Português descreve pânico no aeroporto

O português David Costa entrou uma hora mais cedo ao trabalho nesta terça-feira. Trabalha num armazém de logística no aeroporto de Bruxelas.

“Era para começar às 8:00 da manhã, mas o patrão pediu para vir às 7:00. Foi a minha sorte porque se entrasse às 8:00 ia apanhar aquele atentado. Neste momento, estamos recolhidos aqui na firma, não há ninguém que entre, nem ninguém que saia. Há polícia por todo o lado”, contou à TVI24.

“Ouvimos duas explosões num curto período de tempo”, precisa.

“Pudemos ver estilhaços de vidro um pouco por todo o lado. Pessoas a fugir, sangue por todo o lado, a refugiar-se dentro dos armazéns, dentro das lojas, onde podiam. Foi uma confissão enorme. Foi mesmo chocante”.

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