O Ministério Público (MP) de Águeda acusou 14 pessoas suspeitas de comprar material eletrónico e de telecomunicações com cheques roubados e de o vender depois abaixo dos preços de mercado, anunciou a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto.
Em nota divulgada no seu sítio da Internet, a PGD do Porto refere que os factos ocorreram em 2012 e 2013 e centraram-se nas zonas de Águeda e de Aveiro.
Os suspeitos estão acusados da prática de crimes de burla qualificada, burla informática e falsificação de documentos. Só a dois destes arguidos, o MP imputa a prática de mais de 80 crimes de falsificação.
Segundo o MP, os arguidos contaram com a colaboração de uma pessoa ligada à área de distribuição dos CTT, que os terá ajudado a intercetar correspondência enviada por entidades bancárias que continha lotes de cheques destinados a clientes destas.
Os cheques roubados, de acordo com os investigadores, eram utilizados para comprar material eletrónico e de telecomunicações em lojas online que, depois, era colocado à venda em sites de vendas, por valor inferior ao normal de mercado.
Com esta atuação, os arguidos conseguiram obter um benefício patrimonial ilegítimo de mais de 67 mil euros, refere o MP.
Os arguidos estão ainda acusados de se apropriarem ilegitimamente de cartões de débito bancário pertencentes a terceiros, de manipularem os respetivos dados acedendo ao código PIN e de com estes creditarem contas bancárias com saldos fictícios através do depósito de cheques em caixas automáticas (ATM).
Segundo o MP, os arguidos procediam depois ao levantamento destas quantias, que só existiam contabilisticamente, também em máquinas ATM.
Desta conduta retiraram os arguidos um benefício patrimonial ilegítimo de quase 30 mil euros.
Compravam material com cheques roubados e vendiam na internet
- Redação
- EC
- 5 jan 2016, 18:28
Ministério Público de Águeda acusou 14 pessoas de burla qualificada, burla informática e falsificação de documentos
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