Farmácias reforçam segurança da rede - TVI

Farmácias reforçam segurança da rede

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Depois de, na semana passada, a PJ ter desmantelado uma rede que roubada os dados que as farmácias tinham nos computadores para vender a terceiros

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Casa roubada, trancas à porta. A Associação Nacional das Farmácias (ANF) assegura que reforçou a segurança da rede informática das farmácias, para evitar o acesso indevido e a sabotagem de programas, situações que na terça-feira levaram a PJ a montar uma operação.

Na terça-feira, na sequência de uma participação apresentada em junho pela ANF, a PJ deu cumprimento a mandados de busca e apreensão numa empresa multinacional de estudos de mercado e numa empresa portuguesa, no quadro da operação «Relax», de combate à criminalidade informática em empresas do mercado farmacêutico.

Na altura, foram recolhidos indícios que apontam para a prática dos crimes de burla e sabotagem informáticas , dano relativo a programas ou outros dados informáticos, acesso ilegítimo, acesso indevido e tratamento transfronteiriço de dados pessoais.

Em comunicado, a ANF anunciou que «reforçou os mecanismos de segurança da rede, por forma a evitar que se repitam no futuro situações análogas», e comprometeu-se a fazer tudo o que estiver ao seu alcance «para que seja completamente descoberta toda a verdade sobre a burla».

Na mesma nota, a ANF descreve que foi descoberta a instalação de um software pirata nos servidores de muitas farmácias, que «entrava no sistema informático e tinha acesso a toda a informação residente no sistema», ou seja, «todos os dados pessoais, individuais, comerciais, profissionais, económicos residentes no sistema informático das farmácias ficaram acessíveis a quem instalou o software pirata».

Diariamente, quase à mesma hora, esse software exportava diretamente, de forma desprotegida, através da Internet, dados das farmácias para um servidor residente nos Estados Unidos e identificado como «Ftp03.pt.imshealth.com».

A exportação dos dados «era feita sem conhecimento e autorização de, pelo menos, a maioria das farmácias", estando a informação "a ser vendida a terceiras entidades», por montante ainda desconhecido.
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