Suspeito de burla com várias identidades fica em liberdade - TVI

Suspeito de burla com várias identidades fica em liberdade

Justiça (iStockphoto)

Homem detido na quarta-feira em Elvas, suspeito de ficar com o dinheiro que lhe entregavam para a compra de imóveis em Portugal, vai aguardar julgamento em liberdade e proibido de exercer a venda imobiliária

O homem detido na quarta-feira em Elvas, suspeito de ficar com o dinheiro que lhe entregavam para a compra de imóveis em Portugal, vai aguardar julgamento em liberdade e proibido de exercer a venda imobiliária, indicou esta sexta-feira fonte ligada ao processo.

A medida foi decretada esta sexta-feira pelo Tribunal de Portimão, ao fim de mais de 12 horas de interrogatório judicial, ficando o arguido "também com termo de identidade e residência", disse aos jornalistas o advogado de defesa.

De acordo com a Polícia Judiciária (PJ), o homem, de 37 anos, foi detido na quarta-feira, em Elvas, suspeito de atuar com várias identidades e indiciado por burla qualificada, falsificação, usurpação de funções e branqueamento de capitais.

Em comunicado, a PJ adiantou que o detido que se apresentava como advogado e agente imobiliário, cativava cidadãos franceses a adquirirem imóveis em Portugal, ficando depois com o dinheiro que lhe entregavam para as supostas despesas de aquisição.

"Durante as negociações para a compra dos imóveis, nas quais o arguido figurava como procurador dos compradores, foi embolsando as quantias monetárias que lhe eram entregues por aqueles para pagamento do preço e despesas da aquisição", lê-se na nota emitida pela PJ.

De acordo com a PJ, o suspeito "possuía várias identidades tituladas por documentação francesa e portuguesa, com as quais abriu diversas contas em bancos diferentes de modo a poder escoar o dinheiro que recebia sem ser detetado".

O suspeito terá alegadamente cometido os crimes durante os últimos dois anos, entre 2014 e 2016, causando um prejuízo cujo valor é superior a 500.000 euros, refere aquela polícia.

A detenção foi efetuada pela diretoria do Sul da PJ, ao abrigo de um inquérito dirigido pela secção de Portimão do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro.

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