Autarca de Almeirim apresentou reclamação por correspondência com semanas de atraso - TVI

Autarca de Almeirim apresentou reclamação por correspondência com semanas de atraso

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  • 27 mai 2020, 18:41
Pedro Miguel Ribeiro, presidente da Câmara de Almeirim

Pedro Ribeiro diz que recebeu correio com semanas de atraso e criticou a sujeição dos trabalhadores a um “trabalho humanamente impossível”

O presidente da Câmara de Almeirim (Santarém) apresentou, enquanto cidadão, uma reclamação junto da entidade reguladora contra os CTT, depois de, segunda-feira, ter recebido correio com semanas de atraso.

Pedro Ribeiro disse à Lusa que, na segunda-feira, tinha na sua caixa de correio a carta para pagamento do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), cujo prazo termina no final desta semana, a carta verde do seguro do carro, tendo a anterior expirado no início do mês, o cartão bancário que vem substituir o que tem prazo até ao final deste mês, o recibo da água e três números de uma revista semanal de que é assinante.

“Se em Lisboa ou para alguma população isto não é grave, porque fazem muita coisa 'online', essa não é a realidade em três quartos do país. As pessoas precisam do correio e o seu papel é fundamental”, disse o autarca.

Crítico da privatização dos CTT, Pedro Ribeiro insistiu que se a empresa não está a cumprir o contrato celebrado com o Estado este deve ser revertido e exortou o regulador a agir quando se está a assistir a uma “descapitalização” com a distribuição de dividendos que excedem os lucros.

Por outro lado, criticou a sujeição dos trabalhadores a um “trabalho humanamente impossível”.

Questionada pela Lusa, fonte oficial dos CTT reconheceu a existência de “alguns atrasos” na entrega de correspondência na zona de Almeirim, que afirmou serem “muito pontuais” e que atribuiu “sobretudo à situação atual de pandemia e à alternância de giros de distribuição”.

Esta alteração, segundo a empresa, visa “assegurar a continuidade da distribuição, reduzindo o risco de disrupção em caso de infeção”.

Por outro lado, aponta a existência de “dificuldades pontuais em resultado de um aumento de absentismo”, procurando assegurar a distribuição do correio com “deslocações de carteiros de outros locais e as formas de trabalho suplementar implementadas”.

“Os CTT nesta fase difícil para as populações e para o país mantiveram as suas redes de retalho, operações e distribuição a laborar, num esforço heroico das suas pessoas, na linha da frente, ligando pessoas e empresas”, afirma a empresa, realçando a “entrega total” dos seus trabalhadores.

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