Transportadoras fazem balanço positivo de marcha lenta - TVI

Transportadoras fazem balanço positivo de marcha lenta

Piquete de camionistas na IC2, perto de Albergaria-A-Velha

Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas diz-se satisfeita por ter conseguido sensibilizar o Governo

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A Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) considerou, na quarta-feira, positiva a marcha lenta de três dias por parte dos camionistas, ao conseguir sensibilizar o Governo para analisar e resolver os problemas do sector.

O presidente da ANTP, Silvino Lopes, disse à agência Lusa que «houve uma adesão significativa dos camionistas» entre segunda-feira e quarta-feira à iniciativa «Portugal a 40», em que os camiões circularam a 40 quilómetros/hora.

«No primeiro dia houve logo uma reacção por parte do Ministério [das Obras Públicas], ao reconhecer que há problemas urgentes a resolver no sector, por isso foi positivo», afirmou.

Numa acção mais concertada, os camionistas seguiram na terça-feira em marcha lenta na auto-estrada A1 desde o Carregado até Lisboa entre as 07:30 e as 10:00.

«Houve necessidade de intervenção policial para desanuviar o tráfego que juntou mais de 200 camiões», disse o dirigente para exemplificar a adesão do sector ao protesto.

Nos três dias, «muitos transportadores aderiram à marcha lenta e muitas mercadorias que deveriam chegar às 8:00 ou às 09:00 só chegaram às 10:00 ou às 11:00», sublinhou.

Depois de ter reunido na terça-feira no Ministério das Obras Públicas e Transportes, a ANTP volta a reunir sexta-feira com o Governo e mantém a paralisação prevista a partir de segunda-feira dependente do acordo que daí surgir.

Os associados da ANTP reivindicam do Governo a aplicação da directiva comunitária que permite a redução de oito cêntimos no litro do gasóleo e a alteração da lei das contra-ordenações.

Exigem, igualmente, a não introdução de portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT), a redução em 13 por cento do custo das auto-estradas para os transportes públicos de mercadorias pesadas e a alteração do Código do Trabalho.

Os camionistas defendem também uma redução de impostos para impedir o encerramento de empresas e o desemprego dos funcionários que estão a ir trabalhar para transportadoras espanholas.

A Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas representa mais de mil empresários e 35 mil veículos pesados.
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