As duas mil mulheres que participaram no estudo, realizado pelo «Cancer Research UK», foram divididas em dois grupos e os resultados mostraram quais os efeitos dos maus hábitos alimentares na saúde: no grupo de mulheres obesas foram diagnosticados 274 casos de cancro, enquanto no grupo de mulheres com peso saudável foram diagnosticadas apenas 194 mulheres.
O cancro do intestino, do colo do útero, dos rins, do pâncreas, da vesícula, do esófago e da mama ( depois da menopausa) foram os mais registados.«Ficámos impressionados com estas descobertas», afirma o investigador Mark Dewhirst.
Segundo o estudo, uma em cada quatro mulheres são obesas e estima-se que 18 mil desenvolvam cancro, todos os anos, como consequência do excesso de peso. No ano passado, o cancro da mama foi considerado o mais comum e que afetou mais mulheres na pós-menopausa: 5.269 mulheres foram diagnosticadas. Esse mesmo estudo, concluiu que o sexo feminino tem o dobro de probabilidade de contrair cancro (8,2%), devido ao excesso de peso, do que o sexo masculino (4,4%).«Sabemos que o risco de cancro depende da combinação dos nossos genes, do ambiente e de muitos aspetos que podemos controlar. Ajudar as pessoas a perceber como podem reduzir o risco de desenvolver o cancro é fundamental na luta contra a doença», afirma uma das investigadoras do estudo, Julie Sharp.
«Perder peso não é fácil, mas não é preciso ir para um ginásio, correr quilómetros todos os dias ou desistir da comida preferida. São apenas necessárias pequenas mudanças que podem ser mantidas ao longo do tempo para ter um impacto real. Para começar, tentem sair do autocarro uma paragem antes do destino e cortem nos alimentos gordurosos e açucarados. Pequenas mudanças no dia-a-dia - como não fumar, manter um peso saudável e evitar bebidas alcoólicas - são grandes oportunidades para reduzir o risco de cancro. Fazer estas mudanças não é uma garantia contra o cancro, mas aumenta as probabilidades a nosso favor», acrescenta a investigadora do «Cancer Research UK»