Em entrevista à TVI, a gastroenterologista Sandra Faias explicou os benefícios da cafeína para os doentes com cancro "quer digestivo, quer de outros cancros".
"A novidade deste estudo é que é feito em doentes que já tiveram cancro num estádio relativamente avançado - um estádio três - que tiveram necessidade de quimioterapia para otimizar o seu tratamento e verificou-se mesmo nestes doentes que a ingestão de café, nomeadamente em maior quantidade, quatro cafés por dia com cafeína, melhora o prognóstico".
A gastroenterologista considerou ainda que o café pode ser considerado um "medicamento", uma vez que "para prevenir e melhorar os resultados da patologia oncológica, existem medidas farmacológicas, mas também existem medidas gerais, nomeadamente a dieta, o estilo de vida e o café com cafeína".
No entanto, o médico coordenador deste estudo mostrou-se cauteloso quanto à utilização do café como tratamento alternativo ao cancro, situação que Sandra Faias explicou tratar-se de "prudência".
"Em ciência, não é por um estudo ter resultados positivos que a comunidade científica o aceita. O autor do estudo refere, e muito bem, que este estudo tem resultados promissores, que é uma linha de orientação, mas que deve ser confirmado por outros".