IPO de Lisboa não consegue fazer mamografias de vigilância a todas as doentes - TVI

IPO de Lisboa não consegue fazer mamografias de vigilância a todas as doentes

  • (Atualizada às 13:09)
  • 25 mai 2018, 10:31

Problema é assumido num documento interno do serviço de radiologia. Instituto vai recorrer a privados para reduzir espera

O Instituto Português de Oncologia de Lisboa está com problemas para fazer as mamografias anuais de vigilância a todas as doentes que tiveram cancro da mama e que continuam a ser seguidas. O problema é assumido num documento interno do serviço de radiologia ao qual o Diário de Notícias teve acesso

Segundo o Diário de Notícias, o IPO de Lisboa assume que não consegue assegurar as mamografias de vigilância pois o número de pedidos de utentes que já foram operadas mas ainda não tiveram alta é superior ao número de vagas. 

A estas mulheres que continuam sob vigilância somam-se cerca de mil novos casos de cancro da mama por ano. 

Perante estes números, o hospital assume que é impossível responder a todos os pedidos de mamografias sem atrasos.

O IPO confirmou ao DN que, nofinal de abril, 450 mulheres já tinham ultrapassado os 12 meses de espera, sublinhando que estão a ser seguidos critérios de prioridade na marcação das mamografias.

As doentes estão a ser encaminhadas para os centros de saúde, de forma a que sejam os médicos de família a marcar as mamografias noutro local, de preferência nas suas áreas de residência.

Instituto vai recorrer a privados para reduzir espera em mamografias 

 O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa vai contratar a privados mamografias para casos de mulheres sem sinais de cancro da mama há de cinco anos, tentando reduzir a lista de espera destes casos.

A informação foi hoje revelada pelo administrador do IPO de Lisboa, Francisco Ramos, que admitiu que há dificuldades em realizar “no melhor prazo” mamografias de seguimento a mulheres que estão há mais de cinco anos sem a doença e que devem realizar um exame anual.

Estamos com seis meses de atraso para as mamografias das mulheres que tiveram o seu diagnóstico há mais de cinco anos. Estamos a tentar organizar as equipas para aumentar essa capacidade. E para resolver de forma mais rápida esse acumulado de atrasos, vamos temporariamente comprar serviços ao exterior e com isso reduzir de forma rápida esse atraso”, afirmou Francisco Ramos aos jornalistas.

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