Ministra garante que atraso de exame de doente oncológico não foi por razões financeiras - TVI

Ministra garante que atraso de exame de doente oncológico não foi por razões financeiras

  • SL
  • 17 jul 2019, 20:04
Marta Temido

Em causa está o atraso de um exame pedido pelo Hospital de Faro ao Instituto Português de Oncologia de Lisboa, que era decisivo para um doente com cancro do pulmão iniciar tratamento

A ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu, esta quarta-feira, que o atraso no exame de um doente oncológico que acabou por morrer não se deveu a razões financeiras, mas por “eventuais outras razões” que importa esclarecer.

Marta Temido foi ouvida na Comissão Parlamentar de Saúde a pedido do PSD sobre os atrasos em exames para doentes oncológicos registados no Centro Hospitalar do Algarve e no Instituto Português de Oncologia de Lisboa.

Em causa está o atraso de um exame pedido pelo Hospital de Faro ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa que era decisivo para um doente com cancro do pulmão iniciar tratamento.

O doente estava a ser seguido no Centro Hospitalar do Algarve e acabou por morrer em 27 de março deste ano sem fazer quimioterapia devido ao atraso de exames decisivos para definir o tratamento adequado.

Devido a este caso, foram ouvidos na Comissão da Saúde os conselhos de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve e do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, bem como da Ordem dos Médicos que afirmaram que o atraso de deveu a questões administrativas e não a razões financeiras.

Esta quarta-feira, na Comissão da Saúde a ministra afirmou que as audições dos responsáveis “demonstram inequivocamente que não foi por falta de disponibilidade financeira que o exame não foi feito”, mas por “eventuais outras razões que importa esclarecer devidamente”.

O que podemos concluir é que não foi por falta de disponibilidade financeira que não foi feito o exame” que tinha um custo de 179,5 euros.

Marta Temido explicou que existiu até outubro de 2018 um protocolo com uma empresa da indústria farmacêutica que custeava no IPO de Lisboa e noutros institutos de oncologia estes exames.

Em outubro de 2018 o IPO de Lisboa alertou todas as instituições com as quais se articula que o procedimento iria precisar de passar a ter mais informação para a correta identificação dos doentes, nomeadamente um termo de responsabilidade.

O que estava em causa era uma correta identificação do utente de forma a fazer uma análise com uma total segurança, evitando qualquer erro” no seu resultado, disse Marta Temido.

“O CHUA não enviou eventualmente logo que possível este termo de responsabilidade e, portanto, há necessidade de perceber adicionalmente” o atraso se manteve.

Garantidamente sabemos aos poucos que não foi por fala de cabimento financeiro que o exame não foi feito”, reiterou.

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