Bruxelas recua na proibição dos galheteiros na restauração - TVI

Bruxelas recua na proibição dos galheteiros na restauração

Capoulas Santos (foto Facebook)

Eurodeputado Capoulas Santos pede explicações a Barroso

O eurodeputado socialista Luís Capoulas Santos escreveu esta quinta-feira ao presidente da Comissão Europeia, pedindo explicações sobre as razões para Bruxelas deixar «cair» uma proposta relativa a embalagens invioláveis de azeite na restauração, lamentando este «recuo absurdo» e «subserviente».

Apontando que «a Comissão Europeia tomou recentemente uma boa decisão para a defesa dos consumidores ao tornar obrigatório o uso de embalagens invioláveis de azeite na restauração», o que permitia «evitar possíveis fraudes de rotulagem ou de adulteração do produto com a adição de outros óleos vegetais», Capoulas Santos lamentou que, subitamente, o executivo comunitário tenha decidido retirar a proposta.

O antigo ministro da Agricultura indica que, «incompreensivelmente, foi desencadeada uma campanha contra esta medida, que incluiu o próprio primeiro-ministro britânico» (David Cameron), com o argumentos «absurdos», salientando que, no entanto, o que o deixou «perplexo e indignado foi a Comissão Europeia ter decidido de imediato retirar a proposta».

«Considero esta decisão inaceitável, por revelar uma atitude subserviente face a grupos de pressão cuja motivação e objetivos visam claramente atingir a imagem de um produto saudável e de qualidade que tem vindo a crescer na preferência dos consumidores de forma sustentável à escala mundial», escreve o eurodeputado, nota a Lusa.

Capoulas Santos termina solicitando a Durão Barroso, que, «ao abrigo das disposições regimentais aplicáveis», se «digne» informá-lo «com urgência das razões objetivas que determinaram esta última decisão, no preciso mês em que foi tomada decisão contrária».

O comissário europeu da Agricultura, Dacian Ciolos, explicou hoje que decidiu retirar a proposta de regulamentação sobre o azeite, pois esta não obteve um apoio suficiente por parte dos Estados-membros, já que apenas 15 a apoiaram, o que «não chega para formar uma maioria qualificada», e anunciou a intenção de Bruxelas de apresentar uma proposta reformulada que colha mais consenso.
Continue a ler esta notícia