Joe Berardo já apresentou proposta para pagamento da caução de cinco milhões de euros - TVI

Joe Berardo já apresentou proposta para pagamento da caução de cinco milhões de euros

Joe Berardo

Saiu em liberdade no dia 2 de julho com obrigatoriedade de pagar a maior caução da Justiça portuguesa

Joe Berardo já apresentou ao juiz Carlos Alexandre uma proposta de pagamento da caução de cinco milhões de euros, segundo apurou a TVI. Esta foi a medida imposta pelo magistrado para que o empresário pudesse sair em liberdade, depois de ter sido detido num processo que investiga fraude, burla e abuso de confiança.

Segundo fonte da agência Lusa, "o oferecimento (da proposta) já ocorreu", cabendo agora ao juiz de instrução Carlos Alexandre aceitar ou não.

O madeirense saiu em liberdade no dia 2 de julho, ficando obrigado a apresentar a caução nos 20 dias seguintes, sendo esta a maior caução da história da Justiça portuguesa.

Joe Berardo foi detido no dia 29 de junho, numa notícia inicialmente avançada pela TVI.

Joe Berardo e o advogado André Luiz Gomes respondem pelos crimes de burla qualificada, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, falsidade informática, falsificação, abuso de confiança qualificada e descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público.

O processo CGD, que está a ser investigado desde 2016, conta atualmente com 11 arguidos, dos quais seis são pessoas coletivas (sociedades/empresas) e cinco pessoas individuais, duas das quais ainda em detenção (Berardo e André Luiz Gomes).

Alguns órgãos de comunicação social avançaram na terça-feira que um dos arguidos é o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos Carlos Santos Ferreira.

O caso foi tornado público depois de uma operação em que foram feitas cerca de meia centena de buscas, 20 domiciliárias, 25 não domiciliárias, três a estabelecimentos bancários e uma a escritório de advogado.

Segundo comunicados da PJ e do DCIAP, nesta investigação, que decorre no âmbito do denominado processo Caixa Geral de Depósitos (CGD), existem suspeitas da prática de administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal qualificada, branqueamento e, eventualmente, crimes cometidos no exercício de funções públicas.

A PJ esclareceu que se trata de um grupo "que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros" e que terá causado "um prejuízo de quase mil milhões de euros" à CGD, ao Novo Banco e ao BCP.

Continue a ler esta notícia