Médicos contestam atestados eletrónicos para cartas de condução - TVI

Médicos contestam atestados eletrónicos para cartas de condução

Estradas: Cartas de condução por pontos em 2009

Sindicato Independente dos Médicos escreveu ao ministro para suspender a medida. Criticam os atestados eletrónicos porque integram os dados clínicos dos doentes e a sua medicação de forma automática

O Sindicato Independente dos Médicos quer a suspensão dos atestados médicos eletrónicos para a carta de condução até à reavaliação dos procedimentos, razão porque enviou uma missiva ao ministro.

É com imensa preocupação que o Sindicato Independente dos Médicos vem acompanhando a implementação da obrigatoriedade da emissão pelos médicos em exercício de funções da sua profissão no Serviço Nacional de Saúde de atestados médicos eletrónicos certificando a aptidão, física e psicológica, para a condução, sendo neste momento já acesa e crescente a contestação no seio da classe médica e nomeadamente dos médicos de família”, refere o SIM, em comunicado.

Na opinião do sindicato, o novo atestado integra os dados clínicos dos doentes e a sua medicação de forma automática. Obriga depois os médicos a preencher todos os campos do relatório e as dez páginas de procedimentos e validações, além de ter que ser o mesmo profissional a validar no fim o que iniciou.

Nesse sentido, o SIM pede ao ministro da Saúde para que determine a suspensão do atestado médico eletrónico para a carta de condução até reavaliação dos procedimentos.

O SIM solicitou também a Adalberto Campos Fernandes que sejam criados os Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP), que teriam de fazer a avaliação física, mental e psicológica dos candidatos. Depois, seriam estes centros a emitir o atestado de aptidão para a obtenção ou revalidação de título de condução.

O sindicato defende que os CAMP deviam funcionar nos Gabinetes Médicos na dependência direta do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) ou por ela avençados, retomando desse modo o sentido e a forma da legislação de 2009.

O SIM lamenta que os CAMP nunca tenham sido regulamentados, nem saído do papel.

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