Lisboa tem 1.400 edifícios muito degradados e 2.920 vagos - TVI

Lisboa tem 1.400 edifícios muito degradados e 2.920 vagos

Agência Financeira

A cidade tem, no total, 57.573 edifícios

Mais de 1.400 edifícios de Lisboa encontram-se em muito mau estado de conservação, disse à Lusa a Câmara Municipal de Lisboa, cuja Unidade de Coordenação Territorial está a atualizar o levantamento sobre o estado de conservação dos edifícios urbanos, noticia a agência Lusa.

A cidade tem, no total, 57.573 edifícios e, de acordo com os dados preliminares datados de fevereiro deste ano, existem 1.438 em muito mau estado de conservação, espalhados por toda a cidade, e 6.893 em mau estado.

Segundo a CML, há ainda 2.920 edifícios vagos e 2.819 «em que as frações habitacionais estão desocupadas e só a fração comercial, normalmente o primeiro piso, está ocupada».

Este trabalho da Unidade de Coordenação Territorial, que decorrerá durante este ano, «pretende efetuar caracterizações mais pormenorizadas de cada um dos edificados, nomeadamente quanto à atualização dos dados existentes dos edifícios emparedados», referiu a CML.

Em abril do ano passado, a autarquia aprovou a Estratégia de Reabilitação Urbana de Lisboa 2011-2024 e a Delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU), que exclui grandes equipamentos, cemitérios e áreas verdes de grande dimensão, o que motivou críticas da oposição camarária.

E a 21 de março deste ano, o diploma foi aprovado pela assembleia municipal com os votos favoráveis do PS e dos deputados independentes eleitos nas listas socialistas, os votos contra do BE e do CDS-PP e a abstenção dos restantes partidos.

«A delimitação de área de reabilitação urbana agora aprovada passa a considerar como ARU toda a cidade consolidada, com exceção das áreas construídas nas três últimas décadas, permitindo a todas as obras de conservação e reabilitação, independentemente da sua localização na cidade, o acesso a vários benefícios, entre os quais, programas de apoios financeiros e de incentivos fiscais, créditos de construção e maior rapidez e redução de custos nos processos de licenciamento», indicou ainda a CML.
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