Luís Filipe Vieira vai ser acusado pelo Ministério Público no processo Lex, nos próximos dias, sob suspeita de ter movido pressões sobre o juiz Rui Rangel para que este conseguisse acelerar um processo fiscal do presidente do Benfica que corria no Tribunal de Sintra.
As pressões diretas estão documentadas em várias trocas de mensagens e escutas telefónicas, a que a TVI teve acesso, que surtiram efeito: Rangel falou com uma colega da Relação de Lisboa, desembargadora, que por sua vez foi questionar a presidente do Tribunal de Sintra sobre o estado do processo do presidente do Benfica. E esta foi pedir explicações à juíza titular do processo, conforme a magistrada contou depois à Polícia Judiciária na investigação do processo Lex.
Entretanto, também o advogado Jorge Barroso, assessor de Vieira no Benfica, chegou a telefonar para o Tribunal de Sintra a solicitar reuniões com a juíza do processo, invocando o nome do presidente do Benfica como sendo o interessado.
As contrapartidas para Rangel, pelos favores prestados, seriam a promessa de um futuro cargo no Benfica, remunerado, e o facto de continuar a gozar de tratamento privilegiado em jogos do clube em casa e fora, nomeadamente no estrangeiro.