PSP tem nova esquadra, mas continua em edifício com ratos

A nova esquadra da PSP de Castelo Branco está pronta mas os policias continuam num edifício em ruínas, tendo ratos e baratas por companhia, disse à Lusa Francisco Brazão, dirigente distrital da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP).

Apesar de a mudança já ter estado prevista para junho, «ninguém explica porque é que ainda não se concretizou», razão pela qual a ASPP está a preparar uma carta a pedir explicações ao ministro da Administração Interna, sublinhou hoje Francisco Brazão.

A Polícia de Segurança Pública está instalada numa parte muito degradada do edifício do extinto Governo Civil, no centro de Castelo Branco, onde trabalham 130 membros daquela força de segurança, destacou o dirigente da ASPP.

Nas instalações actuais, «o telhado e o chão estão impróprios e começam a meter água sempre que chove. Está tudo muito degradado por falta de manutenção e nesta altura de inverno é pior», descreve o dirigente da ASPP.

Os tectos «estão praticamente a cair», de tal forma que «na zona das informações e onde o pessoal se farda, o perigo é iminente».

Em dias de chuva, é normal os agentes «terem de mudar de farda nas instalações sanitárias, em vez dos vestiários».

A juntar ao cenário, «têm aparecido ratos, baratas e tudo o que existe nas casas velhas quando não são tratadas devidamente. E tudo isto provoca grande descontentamento junto dos polícias».

Entretanto, o imóvel antes ocupado pela Estradas de Portugal numa das entradas da cidade (Montalvão) foi adaptado para receber a polícia.

A ausência de «rede informática e de comunicações» tem sido a justificação dada para o atraso, «mas não se percebe, até porque a direcção nacional tem um departamento dedicado à informática», destacou Francisco Brazão, que se queixa de falta de informação.

«A ASPP está a preparar uma carta ao ministro da tutela a pedir explicações e quer ainda saber porque não são inauguradas instalações muito boas e adequadas», afirmou.

Apesar das tentativas, a Agência Lusa não conseguiu ainda obter esclarecimentos, nem por parte do comando distrital, nem da direção nacional da PSP.