Os cavalos selvagens da Península Ibérica - TVI

Os cavalos selvagens da Península Ibérica

Garranos, sorraia, pottoka, marismeña, mérens e cavalo galego do monte são os protagonistas do livro «Cavalos Ibéricos Selvagens», editado este mês pela editora Bizâncio

No mundo civilizado e alcatroado da Península Ibérica, que espaço existe para os cavalos selvagens? Durante cerca de um ano e meio, Paulo Caetano seguiu o trilho destes animais. O escritor e fotógrafo marcou encontro com várias espécies. Garranos, sorraia, pottoka, marismeña, mérens e cavalo galego do monte são os protagonistas do livro «Cavalos Ibéricos Selvagens», editado este mês pela editora Bizâncio.

«Andava com esta ideia dos cavalos há muitos anos porque em várias saídas de campo para outros livros sobre temas da natureza cruzei-me com muitas destas raças», começa por contar Paulo Caetano ao tvi24.pt. Mas a decisão foi tomada quando foi à «Rapa das Bestas», na Galiza. «Decidi que esse seria um dos capítulos do livro que iria escrever. Essa decisão condicionou todo o livro», explica.

Depois seguiram-se descobertas como a «Saca das Éguas», em Guadalquivir, onde as manadas são reunidas uma vez por ano, a fazer lembrar os filmes de cowboys. E também a transumância nos Pirenéus e muitas outros encontros que contam a história destas raças ibéricas.

Este é um livro sobre cavalos selvagens e também as histórias dos seus donos. «Estas raças são raças de trabalho, muito importantes para a economia rural e montanhosa. Procurei muito as relações dos animais com as pessoas e com a vida rural tradicional. Como a vida rural está a desaparecer, essas raças só vão resistir se forem encontradas outras utilidades, como concursos de saltos, passeios de charrete, turismo rural. Por exemplo, os criadores bascos de pottoka já colocam estes cavalos em centros hípicos para as crianças aprenderem a montar», conta.
Continue a ler esta notícia