«A fumar um cigarro e a beber cerveja durante um funeral» - TVI

«A fumar um cigarro e a beber cerveja durante um funeral»

Maria Cerqueira Rodrigues é coveira na freguesia de Merufe

Cemitérios: empresários acusam autarquias de «má gestão» e querem formação dos funcionários

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Os empresários cemiteriais acusam as câmaras e juntas de freguesia de não saberem gerir estes espaços, relatam casos de alcoolismo no trabalho e dizem que os autarcas incapazes «devem demitir-se e dar lugar a quem sabe fazê-lo».

Paulo Carreira, director comercial da agência funerária privada Servilusa, considera que há uma «gestão ineficiente e falta de profissionalização» dos coveiros e dos encarregados de cemitério.

«Há muita gente a trabalhar nos cemitérios e pouca eficiência. Existem sete cemitérios em Lisboa e mais de 100 funcionários entre administrativos e pessoal no terreno. É gente a mais», considera.

Paulo Carreira relatou episódios de alcoolismo e outros comportamentos desadequados de coveiros, pelo que defende a «formação comportamental» destes: «Já vi uma funcionária com um pé em cima da campa, a fumar um cigarro e com uma garrafa de cerveja na mão, enquanto decorria um funeral. O alcoolismo nos coveiros é gravoso.»

O presidente da Associação dos Agentes Funerários de Portugal, João Barbosa, rejeita a privatização da gestão cemiterial, mas defende que «os autarcas que não são capazes de gerir os cemitérios devem demitir-se e dar lugar a alguém que seja capaz disso», acrescentando que a privatização significa que «as juntas estão a fugir das responsabilidades».

Nuno Monteiro, presidente da Associação Nacional de Empresas Lutuosas, considera que deve ser o poder local a garantir a gestão dos cemitérios, para que não haja «portugueses de primeira e portugueses de segunda, em função das possibilidades financeiras».
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