Mais de cinco mil pessoas pedem novo hospital para o Oeste - TVI

Mais de cinco mil pessoas pedem novo hospital para o Oeste

Hospital Amadora-Sintra

Atual Centro Hospitalar do Oeste serve mais de 290 mil habitantes mas faltam especialidades e as instalações estão "totalmente desadequadas e inaptas" para servir a população"

Uma petição subscrita por mais de cinco mil pessoas vai ser entregue na Assembleia da República a pedir ao Governo a construção de um novo hospital para o Centro Hospitalar do Oeste, informou o promotor da iniciativa esta terça-feira.

António Moreira, primeiro subscritor e promotor desta petição, disse à agência Lusa que, nos últimos quatro meses, foram recolhidas "mais de cinco mil assinaturas" de residentes e trabalhadores no concelho de Torres Vedras numa petição que vai entregar nos próximos dias à Assembleia da República, ao Governo, à Câmara e Assembleia Municipal.

O também advogado e deputado independente da Assembleia Municipal de Torres Vedras, justificou que a intenção era recolher mais de quatro mil assinaturas, objetivo que já foi conseguido, para o assunto ser discutido em plenário pela Assembleia da República.

No texto da petição, os subscritores defendem a construção de um novo hospital para o Centro Hospitalar do Oeste naquela cidade, para substituir as atuais instalações.

Além do atual edifício estar alugado ao Ministério da Saúde pela Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, os subscritores justificam a necessidade de novas instalações com o facto de as atuais terem "décadas e estarem totalmente desadequadas e inaptas" para servir a população.

A petição refere que, após a reestruturação de serviços no Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Torres Vedras deixou de ter os serviços de ginecologia/obstetrícia e pediatria/neonatologia, que passaram a estar concentrados no de Caldas da Rainha, obrigando a população de Torres Vedras a deslocar-se ao norte da região ou a procurar "outras ofertas".

Com a construção de um novo hospital, com todas as valências que tinha até 2013, os peticionários querem um "Serviço Nacional de Saúde universal e geral", garantindo com a infraestrutura um "acesso a todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados de medicina preventiva, curativa e de reabilitação".

Em janeiro, o ministro da Saúde, em declarações à Lusa, admitiu que a região Oeste, a par de Santarém e Setúbal, "é uma prioridade", mostrando-se disponível para começar a dialogar com os autarcas sobre o processo de construção de um novo hospital, lembrando-os contudo que, "num quadro de restrição financeira, é necessário definir prioridades".

Em março, numa reunião pedida pelos autarcas da Comunidade Intermunicipal do Oeste, Adalberto Campos Fernandes remeteu para a próxima legislatura a eventual construção de um novo hospital no Oeste, disse à Lusa o presidente da CIMOeste, Pedro Folgado.

Em meados de 2013, o serviço de ginecologia/obstetrícia e a maternidade, bem como a pediatria/neonatologia fecharam no hospital de Torres Vedras e concentraram-se apenas no de Caldas da Rainha que, por sua vez, viu a ortopedia fechar para passar a existir apenas em Torres Vedras.

O CHO serve hoje 293 mil habitantes dos concelhos do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Peniche, Torres Vedras e parte de Alcobaça e de Mafra.

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